22/07/2012 às 15h00min - Atualizada em 22/07/2012 às 15h00min

Número de automóveis, motocicletas e ônibus cresceu 7,1%

Niterói está entre as cidades do Leste Fluminense onde
circulação de carros aumentou. Foto: André Redlich
O FLUMINENSE - A frota de automóveis, motocicletas e ônibus em 15 municípios do Leste Fluminense e região vizinha apresentou crescimento de 7,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2011. Segundo dados do Detran-RJ, em Araruama, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, Saquarema, São Gonçalo, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis a frota subiu de 752.868 veículos nos seis primeiros meses do ano passado para 806.594 em 2012. A frota de motocicletas teve  crescimento de 9,9% (passando de 133.184 para 146.458), seguida pelos ônibus com 8,9% (de 8.091 para 8.819) e automóveis com 6,4% (de 611.593 para 651.317).

Dentro desse cenário, o município de Tanguá apresentou a maior elevação da frota - 14,4% -, ampliando seu número de veículos de 3.622 para 4.146 no semestre. Os tanguaenses respondem, ainda, pelo primeiro lugar no crescimento específico dos automóveis, que avançou de 2.426 em 2011 para 2.794 em 2012, um aumento de 15,1%, bem como a liderança na progressão de 119,0% referente aos ônibus, subindo de 42 para 92 a quantidade desses transportes na cidade.

Com 12,3%, uma expansão de 7.317 para 8.224 no crescimento da frota, Guapimirim alcançou a segunda colocação no comparativo regional do primeiro semestre do ano passado com o deste ano. A cidade ocupou a mesma posição em relação ao aumento de automóveis, alta de 11,9 %, impulsionada de 5.237 para 5.864. Os guapienses representaram, no entanto, a maior elevação de motos no período, passando de 2.043 para 2.320, ampliação de 13,5%.

A amplificação em Magé, de 34.960 para 38.681 - acréscimo de 10,6% -, encerra a lista dos três maiores crescimentos da frota veicular entre os municípios analisados. A terceira posição também foi constatada na quantidade de automóveis entre os mageenses, que progrediu de 26.480 para 29.174, avanço de 10,1%.

No panorama detalhado das motos Saquarema atingiu o segundo posto com um crescimento de 13,3% em relação ao primeiro semestre de 2011, com sua frota dilatando de 4.661 para 5.282. São Gonçalo finaliza as três maiores amostras sobre motocicletas com um avanço de 27.850 para 31.482, uma alta de 13,0%.

O ranking dos ônibus é completado por Niterói, que aumentou seu número de veículos do tipo de 2.374 para 2.715 (14,3%), além de São Gonçalo, com uma expansão de 9,6% de sua frota, elevada de 3.274 para 3.590 no paralelo entre os semestres.

Para o professor de Engenharia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador de Projetos da Fundação Getúlio Vargas, Gilberto Gomes Gonçalves, a avaliações sobre frotas veiculares de um município deve ser feita em comparação com a capacidade do sistema viário. “Observando os constantes congestionamentos e o elevado tempo de viagem, causado por uma velocidade média de deslocamento muito baixa, na grande maioria das cidades do Brasil e do mundo, mesmo um leigo constata a incompatibilidade do número de transportes desse tipo com o suportado pelas vias.”

O especialista disse acreditar, também, que o acelerado crescimento da frota de automóveis na última década foi causado, principalmente, pela falta de investimento e de projetos eficientes, de qualidade e conforto como trens, metrôs, barcas, BRT e BRS, associados com uma política de aumento da produção e venda de carros. “Por outro lado, a ampliação do sistema viário se choca com dificuldades como desapropriações, remanejamento de interferências com serviços públicos, falta de estacionamentos e grandes investimentos. Além dessas questões, há uma maior: o obstáculo de mitigar os impactos ambientais”, ponderou Gonçalves.

A solução, segundo o professor da UFF, seria uma revisão da política de transportes. “Os transportes públicos têm que ser privilegiados e a aquisição e uso de automóveis, desestimulados.”

Carlos Pereira, prefeito de Tanguá e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense (Conleste) - que congrega as 15 cidades observadas no levantamento a partir do Detran-RJ -, elencou as propostas debatidas pelos consorciados para o setor de transporte da área. “Estamos trabalhando iniciativas gigantes de âmbito regional e local. Contudo, sempre mantendo o diálogo do Poder Público com a população. Nos últimos quatro anos, mudamos a cultura de receber um grande empreendimento como o Comperj e apenas os municípios arcarem com os impactos”, declarou.

Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp