16/07/2012 às 23h09min - Atualizada em 16/07/2012 às 23h09min

Polícia investiga ligação de traficante com escritórios de agiotagem em Maricá

‘Gaguinho’ gosta de ostentar anéis e
cordões de ouro (filipe Aguiar)
O SÃO GONÇALO - Além de ‘patrocinar’ shows e organizar bailes funks para aumentar a rentabilidade do tráfico de drogas, Maicon dos Santos Souza, o Gaguinho, ‘chefe’ do comércio de entorpecentes no Complexo da Coruja, no Vila Lage, é investigado numa suposta ‘lavagem’ do dinheiro em agiotagem.

De acordo com policiais da 82ª DP (Maricá), o envolvimento do traficante com o ‘esquema’ passou a ser investigado após a prisão de cinco acusados de integrarem a quadrilha de agiotagem, no início deste mês, no centro de Maricá. Segundo os investigadores, Márcio Nei Corletto dos Anjos, o Márcio Gordo, 39, preso durante a operação, manteria uma relação estreita com Gaguinho.

Lavagem - Para a polícia, Gaguinho estaria usando o escritório de agiotagem para facilitar a lavagem de dinheiro do tráfico. “A forma como essa movimentação é feita ainda está em fase de investigação. Posso garantir que as cobranças dos agiotas eram feitas em todo território do Rio. Este tipo de crime incomoda muito. Vocês não têm noção como as vítimas chegam à delegacia aterrorizadas após serem vítimas desse tipo de criminoso”, afirmou o delegado William Medeiros.

Ameaças e mortes
De acordo com a polícia, o escritório em Maricá centralizava as ações da quadrilha em todo o estado. Os dados dos supostos clientes eram enviados para a ‘central’, onde o grupo fazia as cobranças, ameaças às vítimas e, supostamente, davam as ordens para execução ou agressão aos credores. Segundo os agentes, a quadrilha tentou simular uma ‘central’ de cobranças bancárias para evitar a repressão policial. Conforme os investigadores, os acusados costumavam usar a violência durante extorsão às vítimas.Entre outros crimes, o grupo é investigado no assassinato de Vânia Barbosa Castelini, de 52 anos, morta com um tiro de escopeta no peito, em maio deste ano, em Itapeba.

Bando é acusado de ameaça e extorsão
De acordo com a polícia, Michel Platini Sangenito, de 21 anos, Bruno da Silva Cornélio, 22, Thiago Ramos de Siqueira Hammes, 25, e Elias Brás da Silva, 29, foram presos num escritório, na Rua das Gaivotas, no Parque da Cidade, no centro de Maricá.

O quinto integrante do bando, Márcio Gordo, 39 anos, foi preso quando se chegava ao escritório, após desembarcar de um táxi. Márcio chegou a entrar numa lanchonete para despistar os policiais, mas foi abordado no estabelecimento, onde recebeu voz de prisão.

Márcio Gordo, segundo as investigações, seria o ‘braço-direito’ de um agiota, apontado como o ‘chefe’ do bando, que pode ser Gaguinho. Os cinco acusados foram autuados por extorsão e formação de quadrilha. Eles são investigados em homicídios e ameaças.

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