02/04/2015 às 22h57min - Atualizada em 02/04/2015 às 22h57min

Preocupação com possível despejo de resíduos químicos na orla da Praia de Itaipuaçu

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Ambientalistas, biólogos e engenheiros ambientais estão preocupados com um possível despejo de resíduos químicos na orla da Praia de Itaipuaçu, em Maricá. (Foto :: Reprodução - Facebook)

Ambientalistas, biólogos e engenheiros ambientais estão preocupados com um possível despejo de resíduos químicos na orla da Praia de Itaipuaçu, em Maricá. (Foto :: Reprodução - Facebook)

Ambientalistas, biólogos e engenheiros ambientais estão preocupados com um possível despejo de resíduos químicos na orla da Praia de Itaipuaçu, em Maricá. (Foto :: Reprodução - Facebook)[/caption]

Ambientalistas, biólogos e engenheiros ambientais estão preocupados com um possível despejo de resíduos químicos na orla da Praia de Itaipuaçu, em Maricá. Eles denunciam a criação de um emissário terrestre/submarino no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj, e que despejará toneladas de resíduos químicos prejudiciais à saúde humana e animal no litoral de Itaipuaçu. Estima-se que o despejo também atinja as praias da Região Oceânica de Niterói e Saquarema. De acordo com a ambientalista Regina do Couto Rabello, esses resíduos químicos trarão malefícios tanto para a espécie humana quanto para a animal, já que são cancerígenos e causam alergias.

“Pense na tabela periódica. São todos esses compostos que serão despejados no mar. Entre os resíduos temos Arsênio, Acetona e outros graves. Esse despejo afetará a área de Maricá, Saquarema e Niterói. Esse duto sairá carregando essa química pesada e altamente danosa para a saúde humana e animal para toda essa área”.

Segundo Regina o efeito é acumulativo. Ela afirmou que uma funcionária do Comperj comentou que o duto é feito com material resistente, difícil de ser esmagado. No entanto, a ligação entre um duto e outro é mais frágil. Caso estes canos se rompam e os resíduos sejam despejados na terra, haverá um grande impacto ambiental no lençol freático. Um abaixo-assinado on-line está em exposição para que as pessoas se manifestem contra a ação. Cerca de 600 pessoas já aderiram. O objetivo é conseguir mil assinaturas.

“Se esse líquido cair na raiz de uma planta, por exemplo, todos os fluxos dela serão envenenados”, concluiu.

O abaixo-assinado pode ser assinado no site http://www.citizengo.org/pt-pt/19373-nao-lancar-em-itaipuacu-marica-rj-os-residuos-toxicos-do-comprjj?tc=fb .

O analista ambiental Gerhard Sardo acrescentou que além de riscos à saúde, esse despejo pode causar outros problemas como desvalorização imobiliária. “Quem vai querer comprar uma casa num lugar onde tem água contaminada”, indagou.

A Prefeitura de Maricá informou que a obra de implantação do emissário submarino - cuja responsabilidade é da Petrobras - tem a função de transportar o efluente industrial produzido no complexo petroquímico até um ponto no mar a aproximadamente quatro quilômetros da praia de Itaipuaçu, atravessando as cidades de Itaboraí e Maricá. Antes de serem lançados, os efluentes serão tratados em uma estação dentro do próprio complexo, seguindo as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e só então serão lançados no mar, de forma que a dispersão garanta níveis seguros de concentração dos componentes no meio ambiente. Embora a obra seja de responsabilidade da Petrobras, a Prefeitura de Maricá, através da Secretaria Adjunta Municipal de Desenvolvimento Urbano, informou que cobra medidas da empresa para minimizar os impactos na região

Já a Petrobras informou em nota que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do Comperj, aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), contou com um estudo de dispersão oceânica dos efluentes que respeita os limites legais específicos (Resolução Conama 357/05), permitindo o descarte na água do mar. A Petrobras esclarece que foram obtidas todas as licenças ambientais necessárias, incluindo a Licença de Instalação (LI IN023703), junto ao órgão licenciador competente, Inea, e que cumpre com todas suas obrigações legais.

Aline Balbino - A Tribuna


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