Uma perseguição seguida de confronto, que mais lembrou cenas de filme de ação, ocorreu na madrugada de quinta-feira, 25, na Rodovia RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto), altura do bairro do Arsenal. Na troca de tiros, de um lado estavam criminosos armados num veículo suspeito, e de outro a guarnição do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), de serviço no Posto 1, Tribobó. O saldo trágico porém foi para um motorista que não tinha qualquer relação com a ocorrência. Ou seja: a Região Metropolitana passou a ter mais uma vítima (dessa vez fatal) de bala perdida.
Um acusado foi preso, uma arma apreendida, além de diversas marcas de disparos ficaram no veículo perseguido pela polícia. A guarnição do Posto 1 retornava de uma apresentação de ocorrência na altura do Bairro Arsenal, quando suspeitou de ocupantes de um veículo, modelo Fiat Palio, de cor azul. Ao tentarem abordar os suspeitos, a guarnição foi recebida tiros pelos suspeitos, que deram início a um confronto e perseguição pela estrada.
Na troca de tiros, um homem identificado como Adilson Neves Moreno, que passava pelo local conduzindo seu veículo, foi baleado. Ele perdeu a direção do veículo e ainda bateu na mureta de proteção que divide as pistas. Depois de ser socorrido e levado para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), a vítima faleceu.
Reforço policial do 7º Batalhão (São Gonçalo) foi deslocado para a região em apoio, e depois de um informe sobre invasão de residência foram realizadas buscas e incursões que resultaram inicialmente na apreensão de uma pistola calibre 40 de numeração raspada. Mais tarde, depois de várias buscas a polícia também localizou no Heat um dos acusados de integrar o grupo que trocou tiros com a guarnição e que teria tentado se desfazer da arma apreendida. O registro da ocorrência foi da 74ª DP (Alcântara).
Revolta – Casado e pai de dois filhos, um de 17 e outro de 5 anos, Adilton morava em Itaipuaçu, Maricá, mas era conhecido no Ceasa do Colubandê, onde comprava as mercadorias que revendia.
“- Estamos indignados. Sabemos que nada que a família faça vai trazê-lo de volta, mas queríamos deixar registrado que mais um pai de família, e pessoa de bem, perdeu a vida de forma prematura. Queremos Justiça”, indignou-se a dona de casa Maria Gomes da Graça, 52, prima da vítima.
