28/10/2015 às 18h31min - Atualizada em 28/10/2015 às 18h31min

Nove casos de esporotricose foram registrados nos últimos meses em Maricá

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Foto :: Reprodução

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LEI SECA MARICÁ- Em um intervalo de quase dois anos, Maricá já registrou nove casos de esporotricose, que é transmitida por um tipo de fundo (sporothrix schenckii) e oferece risco aos humanos por transmissão direta.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Maricá informou que há nove casos (quatro em 2014 e cinco em 2015) registrados na cidade, onde os pacientes diagnosticados com o fungo recebem tratamento adequado e são acompanhados pela Vigilância Epidemiológica da pasta. “Além disso, equipes da Vigilância Ambiental da secretaria investigam as residências dos pacientes e locais próximos”, informou a nota divulgada pela Prefeitura de Maricá.

Esporotricose

É uma doença caracterizada por lesões na pele, causada por um fungo (Sporothrix schenckii). Vários animais, inclusive o homem, podem contrair a Esporotricose. Este fungo é encontrado na natureza, e pode-se adquirir a doença por ferimentos com vegetais, contato com a terra e arranhadura e mordedura de gatos que tenham a doença.

Atualmente, o gato doente é considerado o principal transmissor da doença para o homem e outros animais. 

O gato é o animal doméstico mais sensível à Esporotricose. Adquirem a doença através de brigas e traumatismos, que ocorrem principalmente durante o acasalamento, quando os animais vão às ruas. A doença se inicia com o aparecimento de feridas, geralmente na face e membros, que progridem para o restante do corpo.

O cão raramente adoece, e dificilmente transmite a doença a outros animais. A Esporotricose no cão, quase sempre, se inicia com feridas no focinho, membros ou no corpo, e ocorre após contato com gato doente.

No homem, na maioria das vezes, surge uma lesão avermelhada no local do traumatismo causado pelo gato, que pode desaparecer ou aumentar de tamanho e vir acompanhada de outras lesões enfileiradas. Também podem aparecer dores nas articulações, febre e outros sintomas gerais. Não ocorre transmissão entre pessoas. 

O diagnóstico é feito através do reconhecimento da lesão por um médico, no caso da doença humana, ou um médico veterinário, em animais, e confirmado laboratorialmente através do encontro do fungo no material colhido na lesão.

A Esporotricose tem tratamento, principalmente quando é diagnosticada corretamente e em estágio inicial. É feito através do uso de medicamentos antifúngicos orais por período de tempo prolongado. Estágios avançados da doença, com múltiplas e graves lesões, são de difícil tratamento, e esta indicação deve ser avaliada criteriosamente pelo médico veterinário. Casos graves podem levar o animal à morte. O tratamento deve ser completo e sem interrupções, para que se alcance bons resultados, tanto nos animais quanto no homem. 

Prevenção

• Usar luvas ao manipular gatos doentes;

• Limpar o ambiente com água sanitária;

• Gatos em tratamento devem ser mantidos em local seguro e isolado;

• Durante todo o tratamento, o animal poderá transmitir a doença ao proprietário; 

• Cremar os animais mortos. É importante não jogá-los no lixo, rios ou enterrá-los, pois o fungo sobrevive na natureza;

• Não realizar curativos locais e não banhar gatos com Esporotricose;

• Castrar gatos e gatas saudáveis para diminuir as saídas à rua e a possibilidade de transmissão da doença.


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