22/05/2012 às 02h10min - Atualizada em 22/05/2012 às 02h10min

História de Maricá retratada em Exposição na Casa de Cultura

Loteamento Jardim Atlântico na década de 70
Foto : Cominat
Nada melhor do que um resgate histórico do município para marcar os 198 anos de Maricá. Na próxima quinta-feira (24/05), às 19h, a prefeitura abre as comemorações do aniversário da cidade com o lançamento da exposição “Dos Passos de Anchieta, Apóstolo do Brasil, à Nova Marica” na Casa de Cultura.

Por meio de 14 banners com fotos, mapas e textos, o público poderá viajar no tempo passando pelos momentos mais marcantes da história do município, como a entrega da primeira sesmaria (faixas de terra entregues a terceiros pelo Império Português) em Maricá, doada ao nobre português Antônio de Marins Coutinho, em 1574. A exposição é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura, sob o comando do escritor e pesquisador Ricardo Cravo Albin, e a Secretaria de Ambiente e Urbanismo, dirigida por Celso Cabral.

Uma das curadoras, a arquiteta e urbanista Renata Gama, que organizou o trabalho com a historiadora Maria Penha de Andrade e Silva, explica como foi feita a pesquisa que permitiu contextualizar a história da cidade com os acontecimentos do Brasil. “Essa exposição exigiu um intenso trabalho de consulta aos acervos do Mosteiro de São Bento, IBGE e das Bibliotecas Nacional e do Estado”. Ela e Maria Penha (que há mais de 30 anos pesquisa as origens da cidade), contaram com o auxílio do professor Paulo Sérgio Gonçalves.

Dentre outras curiosidades, o público terá acesso à origem dos nomes de importantes localidades da cidade, além da explicação para o nome do próprio município. Poucos sabem, mas o nome Maricá vem de uma árvore denominada Mimosa sepiaria benth, popularmente conhecida como Espinheiro Maricá, muito comum e abundante na região. Outros nomes de bairros, a maioria de origem indígena, como Bambuí, Araçatiba e Inoã também foram pesquisados. Guaratiba, por exemplo, vem da fauna maricaense, rica em guarás-vermelhos, que é um tipo de ave. “O mais interessante é resgatar a história não apenas da cidade, mas de cada morador que aqui vive. É uma forma de preservar a nossa memória e a de nossos antepassados”, frisou a curadora.

Outro símbolo destacado na mostra é o Brasão do município. Cada uma das figuras representadas nele é detalhadamente explicada. Segundo a curadora Maria Penha, a coroa maior representa Portugal e a cruz simboliza a fé do povo Maricaense e a pesca milagrosa durante a visita do Padre José de Anchieta aos índios locais, nas águas da Lagoa de Maricá, em 1584.

A forma como a cidade foi povoada, com a presença dos frades Beneditinos em 1627; o lançamento da pedra fundamental da Igreja Nossa Senhora do Amparo, em 1788; a formação em 1814 da Vila de Santa Maria de Maricá; a elevação, em 1889, à categoria de cidade de Maricá; e a chegada da luz elétrica, em 1957, também estão retratados na exposição. Os visitantes também terão a oportunidade de conhecer a história da inauguração da Estação de Trem de Itapeba, em 1889, feita com recursos de comerciantes e fazendeiros da área que tinham o interesse de escoar a produção agrícola e o pescado da cidade.

Além do passado, a mostra abrange os avanços pelos quais a cidade vem passando e, ainda, as belezas naturais, incluindo os 42 km de costa litorânea da cidade. Obras importantes como o Mercado das Artes e o Terminal Rodoviário de Itaipuaçu também são mostrados na exposição, como símbolo das transformações em curso em Maricá, que se prepara para o maior ciclo de desenvolvimento já registrado em toda a sua história, com projetos como o do Complexo Portuário de Jaconé, por exemplo.
- “Foi um desafio organizar cronologicamente todo o acervo, encaixar os assuntos e separar o que poderia ser utilizado para essa exposição. Mas é muito gratificante poder testemunhar e deixar esse registro histórico à disposição dos moradores.”, explicou Renata, acrescentando que, futuramente, esta exposição será levada às escolas municipais.  

A exposição “Dos Passos de Anchieta, Apóstolo do Brasil, à Nova Marica” ficará aberta para visitação até o dia 24 de junho, de segunda à sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 13h às 17h. A Casa de Cultura fica na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro.

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