Na terça-feira (02) um grupo religioso homenageou Iemanjá, a Rainha do Mar na mitologia afro brasileira pela passagem do seu dia. O ato contou com o apoio da Secretaria Municipal Adjunta de Assuntos Religiosos. A festa acontece há 10 anos na praia de Cordeirinho, na altura da Rua 90. Segundo o babalorixá Jonas de Ogum (Pai Liminha), coordenador da matriz afro da secretaria, este é o mais popular ato afro religioso realizado na cidade, tanto que atrai pessoas de todos os credos, que aproveitam a cerimônia para deixar seus pedidos à Iemanjá.
Este ano os materiais utilizados foram o diferencial. “Minha orientação é a de evitar o uso de materiais não perecíveis. Desta forma realizamos nosso ato sem prejudicar o meio ambiente”, comentou Jonas de Ogum. Materiais como taças, velas e garrafas não foram postos no barco que é lançado ao mar. Nele foram apenas flores e outras oferendas menos agressivas ao meio ambiente, uma tendência fomentada pelo projeto FAC Fé Atitude e Cidadania, comandado pelo próprio Pai Liminha.
Com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite, além da dengue, as doenças zika e chikungunya, Pai Liminha orienta também aos participantes de manifestações afro-brasileiras que após a oração e a entrega das oferendas retirem material não perecível que possa acumular água, principalmente os vasilhames. O ato realizado ontem foi mais uma prova, segundo o coordenador, de que o município de Maricá também é tolerante quando o assunto é religião.
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