Segundo Nici Silva, familiar de Vânia após reconhecimento do corpo pela família, o IML informou que o corpo apresentava lesões de alergia e que na unidade não havia como apurar a digital da vítima. A sugestão do IML foi que o sepultamento fosse efetuado na forma de indigente (o que a família não aceitou) ou com autorização do Juiz.
Neste sábado (05) a Defensora Pública Dra. Liliane Maria da Rocha, emitiu ofício para o IML, requerendo a guia de óbito para que o Judiciário pudesse avaliar e expedir o Alvará de Sepultamento. “Salientamos que, existem outros tipos de identificação, sendo através da arcada dentária ou DNA , o que em nenhum momento foi sugerido a nós familiares da vítima.” Disse Nici
O Chefe do setor de Papiloscopia do IML de Itaboraí recusou-se a atender o pedido da defensoria, encaminhando apenas cópia de alguns documentos de identificação, o que não foi aceito pela defensoria. A defensoria entendeu que houve descaso do IML e requereu ao juízo de plantão providências para liberação do documento (Guia de óbito). “O descaso, a falta de respeito com que somos tratados num momento de tanta tristeza e dor, é surpreendente. O IML se recusa a facilitar as famílias das vítimas, a liberação do corpo por vias próprias.” Comentou Nici Silva.
Neste domingo (06), o Juízo despachou para o IML, que o mesmo atenda o pedido da Defensoria sob pena de crime de desobediência, devendo se explicar porque não está atendendo a solicitação em epígrafe. “Estamos surpresos com a falta de respeito que existe com os familiares das vítimas, assim como, o desacato a ordem maior dentro da justiça Brasileira que é a do Exmo. Juiz. Quem representa mais para o Estado, um simples chefe de Papiloscopia do IML ou um Exmo. Juiz?”
Segundo Nice Silva, Vânia continua dentro de uma geladeira no IML de Itaboraí e a família dependente do Chefe do setor de Papiloscopia para liberação do corpo e para fazer um sepultamento digno para a vítima do assassinato.
A família comentou com nossa equipe que existem outros casos idênticos dentro do IML de Itaboraí, onde familiares não sabem mais o que fazer ou a quem recorrer.