03/04/2012 às 14h25min - Atualizada em 03/04/2012 às 14h25min

Casos de pneumonia preocupam nos municípios de Niterói e Maricá

Quem tem pneumonia em Maricá é atendido no Hospital
Conde Modesto Leal (Foto: Arquivo - Lei Seca Maricá)
O FLUMINENSE - Contagiosa, perigosa e de início súbito. A pneumonia é mais comum no outono/inverno por causa do aumento da incidência das viroses respiratórias. Os moradores de Niterói e Maricá estão preocupados com recentes casos da doença nos municípios. Segundo o SUS, em 2009 o número de internações por pneumonia cresceu cerca de 20% no Brasil.

A pneumonia é uma inflamação nos pulmões e é causada por diversos fatores como bactérias, vírus, fungos ou reações alérgicas. Os sintomas mais frequentes são febre intensa, tosse, dor no tórax, mal-estar, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada e fraqueza. A recomendação é procurar um médico aos primeiros sintomas.

A empregada doméstica Rosângela Diniz, de 57 anos, está com o marido, o aposentado João Alves da Costa, de 68, internado em estado grave no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca. “Ele já está em tratamento de AVC e chegou desmaiar no sábado. Fizeram o exame e deu uma pneumonia muito forte”. Rosângela completa que ouviu muitos relatos de casos da doença nos últimos dias. “É uma doença muito perigosa, quando vemos, como no caso do meu marido, a pessoa já está grave”. O casal é morador de Vila Progresso, em Pendotiba.

O professor de Pneumologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Miguel Abdon Aidé, destaca a importância da vacinação. “O fator mais comum da pneumonia é a gripe. Ela baixa a imunidade do indivíduo e das defesas da via aérea. Por isso a importância das vacinas, principalmente o da Influenza A”. A pessoa deve procurar um médico mesmo pensando que é apenas uma gripe e nunca se automedicar. “Esses remédios contra gripe não previnem nada e não tratam nada. A pessoa precisa procurar as unidades de pronto atendimento nos primeiros sintomas e pedir um raios x, que é o melhor amigo do médico”, comenta.

Em Maricá a pneumonia também deixa os moradores apreensivos. Uma mãe, que não quis se identificar está com os dois filhos doentes. “Quando o meu filho mais velho começou parecia só uma virose, mas com uma semana tivemos que ir para o hospital. Graças a Deus eles estão respondendo bem ao tratamento. É terrível você ver uma criança bem e depois ela estar com uma ‘pneumonia horrível’, como disse a médica para mim”, desabafou.

Segundo o professor Abdon Aidé, há diferentes dicas para se identificar a pneumonia. “Geralmente bebês apresentam respiração rápida, o jovem/adulto adoece depois de virose ou gripe, agora em um idoso é preciso observar o seu comportamento, se ele não quer comer, não quer conversar pode ser pneumonia”.

A Secretaria de Estado de Saúde informa que a pneumonia não é uma doença cuja notificação seja obrigatória para fins de estatísticas epidemiológicas. Não há dados oficiais sobre a incidência da doença no Estado. As prefeituras de Niterói e Maricá foram procuradas pelo O FLUMINENSE, mas até o fechamento não enviaram resposta.

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