Prioridades do orçamento de 2017 de Maricá foram discutidas em audiência pública

Por Gilson Barcellos- Apesar do descaso dos vereadores eleitos e reeleitos e dos secretários municipais que não compareceram, a Audiência Pública para discussão da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias de Maricá pode ser considerada um sucesso graças a participação dos maricaenses. O evento foi realizado na manhã de sexta-feira no plenário da Câmara Municipal sob o comando do presidente da Comissão da Administração Tributária, Financeira e Orçamentária, vereador reeleito Frank Costa (SDD) que teve ao seu lado, por alguns minutos, os vereadores Felipe Bittencourt (reeleito) do PMDB e, Bidi, do PR, não reeleito. Os técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento, Ana Paula e Antonio Amaral leram as metas para 2017 da gestão do prefeito eleito Fabiano Horta (PT). Entre elas estão a instalação do VLT, ampliação para 15 mil beneficiários do Bolsa Família e da Moeda Social Mumbuca, construção de um teleférico, construção de três escolas e reforma em outras 10, ampliação do abastecimento de água potável, realização de cursos profissionalizantes principalmente para jovens, participação em feiras e eventos turísticos, beneficiar 5 mil estudantes com o Bilhete Único Universitário. Também constam para o ano que vem, construção da nova sede da Câmara de Vereadores (que a partir de 2017 contará com 17 e não mais 11 parlamentares), implantação da TV Câmara e concurso público, além da realização da 2ª edição do Festival Internacional da Utopia. O público que ocupou boa parte da plateia criticou a realização do Festival da Utopia que não trouxe legado algum para o município a não ser despesas e também o descaso dos vereadores e secretários municipais que não compareceram para responder aos questionamentos. O meio ambiente também foi muito debatido e a engenheira ambiental Daniela Gomes, que contou com o apoio de Fátima Cristina (Agenda 21), disse que o Ministério Público deveria visitar a cidade para cobrar a implantação da coleta seletiva. Ela falou que já está na internet a #euquercoletaseletivaemmarica que será uma forma de pressionar o governo municipal para desenvolver ações mais efetivas nesta área. Daniela falou que tem projetos ambientais para a Maricá, que procurou a prefeitura e foi tratada com descaso, apesar de ter trazido investidores. Muitas críticas foram feitas aos vereadores que se limitam a dar nomes de ruas, não elaboram leis e muito menos fiscalizam as ações do Executivo. O público também ficou sem resposta sobre as demissões que estão sendo feitas na prefeitura neste período pós-eleições. Nesta audiência não se falou de valores, apenas de projetos que foram ou que serão implantados pelo governo municipal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Maricá será encaminhada até o próximo dia 31 de Outubro para a Câmara Municipal quando será discutida e analisada pelos vereadores. Na atual legislatura, 9 parlamentares apoiam o governo e apenas dois fazem oposição. A partir de janeiro, os situacionistas serão 11 e oposicionistas seis. Fotos :: Paulo Celestino