01/09/2018 às 11h05min - Atualizada em 01/09/2018 às 11h20min

Após dois anos da execução de coronel da PM no Centro de Maricá, caso ainda segue sem solução


[gallery size="full" columns="1" link="none" ids="169416"] O dia 31 de agosto de 2016 seria mais um dia de rotina para o coronel da Polícia Militar Ivanir Linhares Fernandes Filho, 49, então subcomandante do 4ºCPA (Comando de Policiamento de área), em Niterói, e seu motorista, o sargento PM Luiz Cláudio Carvalho da Silva, 44. Mas, no final da manhã eles sofreram um atentado, no Centro de Maricá, e o oficial acabou morto com sete tiros, e o sargento, ferido com três disparos. A matéria é do Jornal O São Gonçalo. Nesta sexta-feira, 31, completaram-se dois anos da execução de Linhares e os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados pela Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG). Os responsáveis pela DHNISG informaram que seguem investigando o caso e estão apurando os últimos indícios que podem apontar a real motivação do crime e quem o teria cometido. O Disque-Denúncia chegou a receber sete ligações com informações sobre o assassinato, mas todas foram inconclusivas para a polícia. Na época uma das linhas de investigação foi relacionada ao fato do coronel integrar o Conselho Especial de Justiça, na Auditoria de Justiça Militar do Rio, órgão subordinado ao Tribunal de Justiça, que auxilia no julgamento de policiais acusados de envolvimento em crimes. Um dos processos em que Linhares atuava como juiz militar tinha como réus onze oficiais da corporação, acusados de envolvimento no desvio de R$ 16 milhões do Fundo de Saúde da Polícia Militar, o Fuspom. Os integrantes da ‘Máfia do Fuspom’ teriam autorizado a compra de 75 mil litros de ácido peracético - utilizado na esterilização de materiais cirúrgicos - no valor de R$ 4,4 milhões, para o Hospital Central da PM, sem que o material fosse entregue. O grupo também teria se beneficiado com desvios de recursos para aquisição irregular de 200 aparelhos de ar-condicionado. Desdobramentos - No dia do crime, a perícia técnica da DHNISG recolheu no local diversos estojos de pistolas calibres 380 e nove milímetros. Câmeras de segurança que podem ter flagrado a ação dos executores foram apreendidas na época, mas até hoje nenhuma imagem foi divulgada. Um mês após atentado, equipes da Divisão de Homicídios encontraram no Morro do Castro, em Tenente Jardim, na divisa entre Niterói e São Gonçalo, a carcaça de um veículo do mesmo modelo usado pelos criminosos. Inicialmente, a polícia trabalhava com a possibilidade de ser o carro usado pelos bandidos, mas a versão perdeu força com o avançar das investigações. Seis meses depois do assassinato, um outro Renegade branco foi apreendido pela especializada. O carro foi encontrado em Paciência, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. “Essa é a placa usada, mas pode ter sido um carro clonado, por isso vamos eliminar as possibilidades. Recebemos a ordem para apreender o veículo e realizar a perícia com luminol, química que mostra vestígios de sangue. Sabemos que um dos criminosos foi ferido no dia da ação. Com o resultado do luminol poderemos afirmar se esse foi realmente o carro usado pelos criminosos”, explicou Fábio Barucke, o diretor da DHNISG na época. Recordando - Na ocasião, os militares haviam acabado de sair de um cartório e seguiriam para a sede do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), em Niterói, onde Linhares era subcomandante. Assim que entraram na viatura descaracterizada, um Gol prata, eles foram surpreendidos por ocupantes de um Jeep Renegade branco, que fizeram dezenas de disparos. Linhares foi atingido por sete tiros e o sargento por três. Os PMs foram socorridos pelo helicóptero dos Bombeiros para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, mas o oficial não resistiu aos ferimentos. Já o sargento foi submetido a uma cirurgia e depois de alguns dias recebeu alta.
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