Olimpia Feteira teria gasto milhões para custear processos
Normando Ventura afirma que Lúcio Tomé Feteira recebeu apenas a primeira parcela no valor de R$ 865 mil, referentes a venda da Fazenda São Bento, na Restinga de Maricá, para uma empresa de investimentos imobiliários. O negócio ocorreu em março de 2000, nove meses antes de o empresário morrer, aos 98 anos. Segundo ventura, o restante do pagamento — de um total de R$ 13 milhões pela área, que tem mais de 7 milhões de metros quadrados — foi entregue pelo comprador a Olímpia Feteira.
Os advogados da filha do milionário contra-atacam, explicando que uma parte substancial da quantia obtida na venda da propriedade foi depositada em juízo para custear despesas de processos provocados por Rosalina Ribeiro. O restante do dinheiro também foi usado para cobrir despesas do espólio em um outro processo. Segundo os responsáveis pela defesa de Olímpia Feteira em Portugal, a ação iniciada pela secretária a prestação de contas está em compasso de espera desde dezembro de 2008. O motivo, mais uma vez, envolve dinheiro: um perito judicial, que deveria ter sido pago por Rosalina.
Olímpia Tomé Feteira prestou depoimento na Divisão de Homicídios(DH) em 3 de maio. Ela alegou que a morte de Rosalina prejudicou ainda mais o andamento do espólio e que não tinha qualquer interesse no crime. A filha de Feteira afirmou que Rosalina teria sacado 9 milhões de euros de uma conta de Lúcio Feteira na Suíça. Parte deste dinheiro, pouco mais de 5 milhões de euros, foi transferida pela secretária, entre os meses de março e maio de 2001, para a conta do advogado e ex-deputado português Domingos Duarte Lima.
