20/04/2013 às 18h28min - Atualizada em 20/04/2013 às 18h28min

Até 100% mais cara, cebola é nova vilã do bolso do consumidor

A crescente demanda e a queda na produção em todo o País pressionam os preços.

Além do tomate, os consumidores podem preparar o bolso para enfrentar um novo vilão da alta de preços dos alimentos, a cebola. O quilo do alimento, que já sofreu variação de até 100% no último mês da cidade, deverá ficar ainda mais caro nos próximos dias

Sergio Oliveira, dono de mini-mercado em Itaipuaçu, pagou, na semana passada, R$ 47 pela saca de 18 quilos de cebola. Nesta segunda-feira (15), o preço foi para R$ 60. “Foi uma alta brusca. Ainda estou segurando para o consumidor, mas a tendência é que eu repasse”, diz.

A previsão do comerciante, é que o quilo da cebola, que hoje custa R$ 3,98, chegue a R$ 4,50 na semana que vem.

De acordo com Waldemar Pires de Camargo pesquisador do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo (IEA), a explicação para a alta está na baixa produtividade no campo. No Sul do País, responsável por 50% da produção nacional, o desempenho de produção foi baixo por conta do clima. “O mesmo aconteceu na Argentina, que envia ao Brasil o equivalente a 10% do consumo”, diz. Já na safra do Nordeste, que responde por 20% da produção, a seca impediu a irrigação das lavouras. Ou seja, em geral, o cenário é mesmo para a alta do produto.

O economista Fred Guimarães, da Associação Comercial e Industrial (Acirp), confirma que a oferta de cebola está baixa. “E existe a pressão de alta, pois há uma forte demanda por a cebola ser um produto de consumo básico.

Em março, a alta média dos preços medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 0,47%, mas o preço da cebola explodiu e chegou a 21,43%. Outros produtos que frequentam a mesa do brasileiro também tiveram altas expressivas nos preços no mês. A cenoura subiu 14,96%, o repolho, 15,74% e o feijão carioca, 9,08%. Entre as frutas, a maior inflação foi a da manga, que subiu 30,2%.

No cálculo da inflação acumulada em 12 meses, porém, o tomate ainda ganha da cebola: a alta é de 122,13%, contra 76,46%. Mas o campeão da inflação no período é a farinha mandioca, que subiu 151,39%, segundo o IBGE.


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