Por Thayná Silva - Os trabalhadores rodoviários estão ameaçando entrar em greve devido à falta de reajuste salarial, que não acontece há dois anos em Maricá, Itaboraí, São Gonçalo, Niterói e Tanguá.
Com a possível greve dos ônibus, os municípios poderão ser atingidos, causando transtornos para quem necessita dos coletivos para trabalhar e se locomover.
A greve estaria vinculada à insistente negativa dos empresários em concederem qualquer percentual de aumento salarial, uma vez que os funcionários estão há dois anos sem receber nenhum tipo de reajuste.
Os funcionários não entraram em acordo e os donos das de empresas de ônibus, como a Viação Nossa Senhora do Amparo, terão até o dia 1º de novembro para retomar um diálogo com a categoria.
Segundo o Presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, todas as empresas de ônibus têm condições de realizar um reajuste salarial para seus funcionários, já que adotaram inúmeras medidas de contenção de despesas devido a pandemia do coronavírus.
Ainda de acordo com o presidente, desde março do ano passado, as companhias cortaram cerca de 30% dos profissionais, algo que gira em torno de 3,9 mil funcionários e ainda fizeram uma redução de até 50% da frota.
Na tarde deste terça-feira, 28, 124 rodoviários das empresas Auto Ônibus Alcântara S.A, Icaraí Auto Transportes S.A, Auto Viação ABC S.A e Viação Mauá S.A foram de acordo com a proposta e aprovaram o reajuste de 10% no salário.
Além disso, seria aprovado o aumento de 20% nas demais cláusulas econômicas do contrato de trabalho, R$400,00 para o valor da cesta básica, comissão de 2% para os motoristas que acumulem a função de cobradores e instalação de cofres nos pontos finais de maior circulação para que volumosas quantias em dinheiro não sejam transportadas pelos trabalhadores.
Durante os dois dias de assembleias, 236 profissionais apoiaram a proposta e 87 votaram em indicativos que foram rejeitados pela maioria.
Já nesta quarta-feira, 29, será a vez dos funcionários da Transturismo Rio Minho LTDA, Expresso Tanguá LTDA, Auto Viação Tanguaense LTDA, Auto Ônibus Fagundes LTDA, Expresso Rio de Janeiro LTDA e Rio Ita LTDA, participarem das deliberações, que foram divididas em grupos de companhias para evitar aglomerações.
