@momentumphotographia/Reprodução da internet O professor do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Maricá, Alessandro Garcia, de 38 anos, perdeu seus dois filhos, sua esposa e seus sogros na tragédia que ocorreu na última semana no município de Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
Para a vítima, aquela era uma tarde especial, já que ouvia pela primeira vez seu filho Bento, de apenas 5 anos, o chamar de "papai". Autista, a criança havia tido seu primeiro dia na escola, junto à irmã, Sophia, de 1 aninho.
Porém, infelizmente, a alegria durou pouco e se transformou em tragédia. Em poucos segundos, uma enxurrada de lama e destroços invadiu a casa onde ele morava com a família na Rua Teresa, um dos pontos mais atingidos pelo temporal que devastou a cidade.
O impacto emocional no dia da tragédia foi tanto que Alessandro saiu de casa andando após a inundação e afirmava ainda estar com o filho no colo, mesmo o menino tendo ficado sob a lama. Ao chegar na casa de um parente, em estado de choque, o homem dormiu. Ao acordar, já no dia seguinte, descobriu ter quebrado as duas pernas, mas na hora da adrenalina, não sentiu dor física.
“O Bento estava no colo do pai quando tudo aconteceu e ele (Alessandro) agora se culpa como se não tivesse segurado o filho forte o suficiente. Mas isso não existe, é claro”, contou Karina Carla de Souza, de 34 anos, prima da esposa de Alessandro.
A esposa de Alessandro, Carolina da Silva, de 37 anos, e a filha mais nova, Sofia, foram enterradas no sábado, 19. Foi durante a cerimônia que chegou a notícia de que o corpo de Bento tinha sido encontrado.
Nas redes sociais, o professor desabafou: "Acabei de chegar do enterro da Carol e da Sophia. Dois terços do meu coração ficaram lá. A última parte foi encontrada faz pouco. A dor é enorme. Não fosse a família e os amigos eu nem de pé conseguiria estar", postou.
O corpo de Élcio José de Freitas, avô das crianças e sogro de Alessandro, ainda não havia sido liberado pelos peritos do Instituto Médico Legal (IML) até o último domingo. Já a avó de Bento e Sophia, Maria Expedito, continua desaparecida. Já a missa em lembrança à família será nesta quarta-feira, 23, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Quitandinha, às 19h. A cerimônia será transmitida pela internet.
Após o triste ocorrido, seus amigos organizaram uma campanha de financiamento online para ajudá-lo a recomeçar, já que além de sua família, ele perdeu sua casa e todos os seus bens materiais. Caso queira ajudar, faça sua doação via Pix ou transferência bancária para Alessandro Garcia da Silva.
CPF (Pix): 098.631.007-73.
Agência Bancária (Santander 033): 3533.
Conta Corrente: 1002190-5.
Vida pessoal de Alessandro
O professor Alessandro é mestre e doutor em sociologia e ministra aulas no Instituto Federal Fluminense (IFF), em Maricá. Também já foi professor do Colégio Santo Inácio, na capital fluminense. Entre os amigos, é tido como uma pessoa generosa, inteligente, de alma doce e amigo de todos, de fácil convívio.
Em paralelo às salas de aula, mantém o canal Ministério dos Quadrinhos na internet, onde faz entrevistas e explora o universo dos gibis, a qual chama de "nona arte", com pouco mais de 26 mil inscritos e quase 2 milhões de visualizações.
