Vídeo mostra lançamento de bombas e manifestantes fugindo do confronto.
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REPORTAGEM ESPECIAL - Na manifestação de sexta-feira (21), a polícia precisou liberar a RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) que ficou interditada por mais de 2 horas e usou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar a multidão. À medida que o tempo passou, surgiram na internet muitas acusações de abusos que teriam sido cometidos por PMs contra pessoas que estavam longe dos tumultos e que não tinham envolvimento.
Neste sábado (22), estudantes consideraram as ações violentas da polícia. “Foram vistas cenas de extrema covardia com manifestantes. Policiais da PM, e do Choque com seus escudos atiraram e jogaram bombas em pessoas sentadas nas ruas e que voltavam para casa”, Contou a Maria Machado.
A estudante Paula Torres contou que os policiais atiravam para todos os lados. “Não faziam nenhuma distinção, eles estavam atirando em todo mundo. Era quase um toque de recolher, mandando todo mundo embora”, contou. Paula afirmou que os policiais expandiram o caos pelo Centro da cidade. “Eles não foram capazes de saber onde estavam acontecendo os eventos agressivos isolados e atuar sobre eles”.
Em um vídeo publicado na internet mostrar uma verdadeira cena de Guerra Civil no bairro Jardim Nova Metrópole. Até uma bomba foi arremessada pela Polícia Militar no Posto Osórios Ipiranga.
Paula lembra o que viveu enquanto tentava se proteger. “Eles não estavam dispersando, eles estavam encurralando a gente, eles estavam querendo machucar. Aquilo era pra machucar, já tinha gente passando mal de tanto gás que tava, de tanto spray de pimenta. Eu fiquei com medo de morrer. Eu nunca pensei que fosse sentir isso”, contou a jovem.
Contraponto- Sobre eventuais excessos, a PM diz, em nota, "que está reunindo todo o material que for entregue oficialmente ao Comando da Corporação para fazer um estudo de caso ao longo dos dias em que acontecerão as manifestações para decidir sobre condutas individuais".
Veja o vídeo em que são jogadas bombas de gás lacrimogênio para cima dos manifestantes:
