24/07/2022 às 12h49min - Atualizada em 24/07/2022 às 12h48min

Policial militar maricaense é vítima de racismo durante blitz no Rio de Janeiro

O caso aconteceu durante uma ação do Lei Seca.

Jade Carvalho - leisecamarica.com.br

O policial militar maricaense Wagner Carvalho foi vítima de racismo enquanto trabalhava em uma blitz da operação Lei Seca no dia 4 de julho, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. 


O caso aconteceu por volta de 22h30, na Avenida das Américas. De acordo com informações, o policial estava de serviço quando abordou o motorista de um carro que passava pela avenida e cumpriu seu trabalho, perguntando se o homem havia ingerido bebida alcoólica. 


No primeiro momento, o homem respondeu que não, mas ao ser levado para fazer o teste do bafometro, o homem teria mudado sua versão, admitindo que tinha bebido e pedindo uma ajuda para o policial. 


O militar suspeitou que seria uma tentativa de suborno e afirmou que a conversa estaria sendo gravada. Em seguida, o homem ficou exaltado e começou a ter falas racistas, inclusive chamando o PM de ‘macaco’.


“Eu dei mais ou menos uns três passos e ele falou: é isso mesmo o que a sua raça faz, só faz merd*. Eu pedi que ele repetisse o que ele havia dito e ele permaneceu calado. Atrás da barraca ele me chamou de ‘macaco filho da p***’, Algemei ele é ele começou a xingar toda a equipe com palavras de baixo calão. Agrediu com chutes pelo menos dois agentes civis da operação”, contou o policial em entrevista ao G1. 


Após a confusão, o homem - identificado como Leonardo Fernandes Pontes, de 36 anos - foi preso em flagrante, sendo encaminhado para a Delegacia da Barra (16ª DP), onde o caso foi registrado. 


O acusado ainda teria continuado as injúrias durante o caminho para a delegacia onde foi autuado, falando que o policial não tinha direito a ter família por conta de sua cor de pele e dizendo que o PM deveria andar em uma árvore e comer bananas, em alusão ao animal macaco. 


Após dois dias preso, houve uma audiência de custódia e a juíza responsável pelo caso liberou o racista, com substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. 


Em caso de racismo, não fique em silêncio. Denuncie!


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