O comício do candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, que aconteceu nesta sexta-feira, 02, em Maricá, foi marcado por uma trocas de farpas entre os políticos do PT que disputam a hegemonia na política local.
No palanque, estavam os candidatos ao governo e ao senado, o prefeito de Maricá e os adversários políticos Renato Machado (PT) e Rosangela Zeidan (PT), que disputam votos no município para a posição de deputado(a) estadual.
O candidato Renato Machado é braço direito do atual prefeito, Fabiano Horta, e conquistou uma grande influência na cidade após chefiar a Autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar), enquanto Zeidan, que disputa a reeleição para o cargo, é ex-mulher de Quaquá.
O público, que lotou a Praça Orlando de Barros Pimentel durante o evento, se dividiu em uma guerra de torcida entre os dois lados: os apoiadores de Renato Machado e os militantes do clã de Quaquá.
Com batida em tambores, os grupos disputavam de forma saudável quem gritava mais alto o nome de seu político, porém quando Renato Machado foi anunciado para discursar, o filho de Zeidan e atual vice-prefeito de Maricá, Diego Zeidan, que estava no meio do público, começou a fazer gestos hostilizando o adversário de sua mãe na disputa pelos votos.
“Que isso, Diego? Está mostrando o dedo pra mim por quê?”, esbravejou Machado no microfone.
Com o climão instalado no palco, o locutor do evento tentou colocar panos quentes dizendo que Maricá tinha condições de eleger tanto Machado quanto Zeidan como deputados estaduais, já que a cidade está com uma população cada vez maior.
Para se contrapor a Machado, a candidata que disputa a reeleição, fez um discurso defendendo a importância da cidade eleger uma mulher, enfatizando que a política já é muito dominada por homens e ainda se dirigiu a rival, em tom de provocação, elencando seus projetos voltados ao público feminino.
Diante do constrangimento, Diego Zeidan subiu no palco e pediu a palavra para tentar apaziguar a contenda, chamando Machado e sua mãe e pedindo a união do público para eleger os dois postulantes do PT.
“Renato, se eu fiz algum gesto que te ofendeu eu peço perdão aqui em público. O que a gente precisa entender é que o nosso inimigo em comum é o bolsonarismo, precisamos vencer o obscurantismo. Precisamos de unidade pra eleger dois deputados”, disse Diego erguendo o braço dos dois candidatos.
Coube a Freixo, que era o ‘dono’ do comício, mas foi último a falar no ato dominado pela rivalidade da política local, um gesto final para tentar conciliar os adversários.
“Quero repetir o gesto do Diego e chamar a Zeidan e o Renato aqui. Pode ter diferença entre quem vota em Zeidan e quem vota no Renato. Mas tenho certeza absoluta que qualquer diferença que exista entre vocês é mínima diante da responsabilidade de colocar o Rio de Janeiro pra cima e vencer essa eleição, derrotar Claudio Castro e derrotar Bolsonaro”, afirmou.
