28/09/2012 às 04h07min - Atualizada em 28/09/2012 às 04h07min

Polícia Federal acaba com esquemas políticos em prefeituras

Apontado pela imprensa local como suposta rota da PF, em Maricá não foi deflagrada nenhuma operação. Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão nas cidades de Silva Jardim, Araruama, Casemiro de Abreu e Campos

( Foto :: Divulgação | Polícia Federal)
Quase R$ 20 mil reais, computadores, e outras provas de crimes eleitorais e formação de quadrilha foram apreendidas durante a Operação Arreica, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27) pela Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com balanço da operação divulgado pela assessoria de comunicação da PF, ao todo foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão nas cidades de Silva Jardim, Araruama, Casemiro de Abreu e Campos. Prefeitos e vereadores estavam entre os investigados. Apontado pela imprensa local como suposta rota da PF, em Maricá não foi deflagrada nenhuma operação.

De acordo com o boletim final da operação, um grupo criminoso formado por empresários, advogados e servidores públicos dos executivos e legislativos municipais praticava diversos delitos contra a administração pública com intuito de financiar campanhas eleitorais.  Eles fraudavam licitações, dividiam os contratos de fornecimento e serviços nos municípios, e cada integrante-empresário contribuía na medida de seu quinhão para as campanhas políticas.

Ainda segundo o boletim, servidores municipais agilizavam procedimentos para pagamentos às empresas do grupo. Havia um braço jurídico: advogados contratados, sem concurso, para defender os municípios e que cuidavam dos interesses das empresas e até atuavam em processos contra a fazenda pública municipal.

O grupo foi monitorado por quase um ano e ficou demonstrada movimentação de dinheiro para prática de financiamento irregular das campanhas políticas. Todo o material arrecadado passará por perícia com objetivo de nortear novas diligências. Segundo o delegado da Polícia Federal de Macaé, que foi a responsável pelas apreensões na região, Elias Escobar, a operação teve o objetivo de desarticular a organização criminosa que vinha dilapidando os cofres públicos. De acordo com o delegado, os mandados de busca e apreensão foram de coletas de provas e todo o material apreendido foi encaminhado para a Delegacia da PF, em Macaé.

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