12/06/2024 às 11h04min - Atualizada em 12/06/2024 às 11h02min

Jornalista Pery Salgado fala sobre o neto natimorto e acusa equipe de médico de negligência

Redação - leisecamarica.com.br

O jornalista Pery Salgado concedeu uma entrevista ao LSM na noite desta segunda-feira, 10, e falou sobre a morte do seu neto, ocorrido no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro de Maricá.


Segundo o maricaense, dono do Jornal Barão de Inohan, sua enteada deu à luz a um bebê natimorto a equipe médica se recusar fazer o parto cesariana. A família da criança acusa profissionais do hospital de negligência.


Em entrevista exclusiva ao LSM, o jornalista detalhou que sua enteada, que estava com 38 semanas de gestação, deu entrada no hospital na última semana com fortes dores, e começou a receber o tratamento.


"A gente pedia que fosse feita uma cesárea, porque ela não tinha dilatação. Não é toda mulher que tem a dilatação que eles acham que todas devem ter", disse o Pery.


Entrevista, o profissional da imprensa disse que sua enteada será medicada com Buscopan e Tramal (um forte analgésico), que posteriormente veio a descobrir que a medicação é contra-indicada para gestante. 


Segundo Pery, o diretor da Unidade Hospitalar chegou a solicitar na última quarta-feira, 6, que o médico plantonista realizasse uma cesária, porém, o cirurgião-obstetra se recusou a fazer o procedimento, dizendo "você é o diretor, mas o médico de plantão sou eu".


O jornalista relatou que na manhã do último sábado, 8, após ser realizada uma ultrassonografia, os batimentos cardíacos do bebê não foram detectados. Só então fizeram o parto cesariana, mas o menino já nasceu morto.


O corpo do bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) do Barreto em Niterói, onde passará por exames de necropsia para descobrir a causa da morte. O resultado sairá nas próximas semanas.


O caso foi registrado na Delegacia de Maricá, e um inquérito foi aberto.


RESPOSTA DA PREFEITURA 


A equipe do LSM entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Maricá para falar sobre o caso. Em nota a Prefeitura informou que abriu uma sindicância interna para apurar todos os erros ocorridos neste caso. CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA 


A Secretaria de Saúde de Maricá lamenta profundamente a perda irreparável e informa que já solicitou a abertura de sindicância interna para apuração do caso. De acordo com o hospital, a paciente, de 32 anos, foi internada no dia 04/06 na maternidade do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, com 38 semanas de gestação, sem trabalho de parto. Após avaliação, foi verificado que não possuía indicação de cesariana, de acordo com critérios clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A gestante chegou à unidade com queixa de dor lombar e, após exames, foi constatado um quadro de infecção urinária leve, sem comprometimento do bebê. A paciente permaneceu internada para fazer acompanhamento com ultrassom, cardiotocografia (que monitora o bebê e a gestante por meio de exames diários) e antibiótico venoso. No sábado (08/06), a paciente fez novos exames pela manhã, que detectaram batimento fetal presente, indicando feto com boas condições de vitalidade. Porém, por volta das 14h do mesmo dia, infelizmente foi identificada ausência de batimento cardíaco fetal, indicando morte súbita do feto.


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