09/08/2024 às 08h03min - Atualizada em 09/08/2024 às 08h03min
Acusado de matar ex-namorada envenenada também aplicava golpes em Maricá
O criminoso usava identidade falsa para executar os crimes
Redação
Foto: Divulgação LSM- O criminoso acusado de matar a ex-namorada com um milkshake envenenado em Maricá, preso pela Polícia no Rio, também usava uma identidade falsa para aplicar golpes.
O acusado, identificado como Deivid Nascimento Santana, de 23 anos, foi detido na comunidade Rio das Pedras - na Zona Oeste do Rio - após a Polícia Civil descobrir uma viagem feita via aplicativo e uma foto compartilhada.
Segundo o Delegado Titular da 82ªDP (Maricá), Dr. Bruno Gilaberte,
o nome usado nos golpes era de um amigo, que também estava na lanchonete quando a vítima Vitória Conceição foi envenenada com a bebida.
O CRIME
O crime aconteceu no último sábado, 3. Câmeras de monitoramento registraram a movimentação de Deivid na lanchonete. De boné branco, ele faz o pedido e aguarda, enquanto mexe na mochila, pega algo no fundo e olha para os lados. Depois, voltou ao balcão e, minutos depois, saiu com o copo de milkshake.
Em outra imagem, o suspeito é visto entrando em um prédio. Na sequência, tira a tampa do copo. Por outra câmera, Deivid aparece segurando apenas a mochila, enquanto o milkshake está na mão de outro homem. Segundo a polícia, este não sabia que a bebida estava envenenada.
O copo foi entregue a Vitória em um prédio do Centro de Maricá,onde a menina teria sido contratada para uma suposta faxina. Ela recebeu o copo durante o expediente. Uma foto do recipiente vazio mostra grânulos no fundo que, segundo a polícia, é um tipo de veneno para matar ratos.
Vitória foi socorrida e levada ao hospital, mas morreu horas depois, já na madrugada de domingo, 4.
O criminoso fugiu de Maricá para a comunidade do Rio, mas foi preso na última terça-feira, 6 após uma rápida investigação e ação da Polícia Civil.
MEDIDAS PROTETIVAS E DENÚNCIAS
A vítima tinha medidas protetivas contra o ex-namorado e já o denunciou por pelo menos duas vezes, relatando que era perseguida. A última denúncia foi registrada em 31 de julho, cinco dias antes de morrer. Segundo Vitória, Deivid não aceitava o fim do relacionamento. Sem conseguir se aproximar da ex, planejou o crime.