Modelo é o primeiro do país com uso de cartão de débito e complementação de renda para famílias carentes
Para combater a pobreza no município, a Prefeitura de Maricá criou a Bolsa Mumbuca. Por mês, cada família previamente cadastrada no programa será beneficiada com um depósito automático de 70 Mumbucas (que equivalem a R$ 70) nos cartões do programa, que só poderão ser usados em estabelecimentos locais que aderirem formalmente à iniciativa.
"Nosso desafio é fazer com que Maricá seja a primeira cidade do Brasil a erradicar a pobreza. A Moeda Social Mumbuca é um dos instrumentos que estamos utilizando para alcançar esse objetivo, garantindo renda mínima e fortalecendo a economia local", ressalta o prefeito Washington Quaquá.
Segundo o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Miguel Moraes, até o momento já são mais de três mil famílias cadastradas. “Todos que se cadastraram receberão o primeiro benefício em janeiro de 2014, mas o programa foi planejado para atender, nesta primeira fase, até 13.500 famílias”, reforça, acrescentando que a meta da Prefeitura é aumentar o valor do benefício gradativamente, até 2016, para 300 Mumbucas por família.
Baseado em modelos de sucesso implementados em outras cidades do país, como Fortaleza, outro grande diferencial do programa em Maricá será a utilização de cartões de débito para a circulação da moeda (em geral as moedas sociais possuem cédulas em papel que substituem as do Real). A moeda social será usada exclusivamente no município, em estabelecimentos comerciais cadastrados, beneficiando o comércio local.
Prefeitura segue cadastrando moradores e comerciantes interessados- O cadastramento dos beneficiados continua aberto e um mutirão foi montado em 19 escolas municipais (mais informações podem ser obtidas na página da secretaria www.marica.rj.gov.br/direitos ou pelo telefone 2637-1639). Além disso, técnicos da secretaria de Direitos Humanos continuam cadastrando os estabelecimentos comerciais que aceitarão a moeda solidária. Agentes de participação popular visitam os estabelecimentos para formalizar a adesão ao programa. “É importante sensibilizarmos os comerciantes, porque eles são uma peça fundamental para que o círculo virtuoso do programa fique completo. As famílias carentes serão diretamente beneficiadas, mas os comerciantes também, porque o intuito é aquecer as vendas na economia de bairro”, completa Miguel Moraes.