REPORTAGEM :: ROMÁRIO BARROS- Neste sábado, 28, aconteceu um abraço simbólico na praia de Jaconé. A manifestação popular e pacífica do movimento 'SOS Jaconé' teve como objetivo mostrar que a população local, pescadores, surfistas, cientistas e amantes de uma das praias mais preservadas do Estado do Rio de Janeiro não são favoráveis à instalação do Porto em Jaconé.
O movimento contrário ao porto entende que é possível escoar a produção de petróleo do pré-sal, oriunda da futura refinaria do COMPERJ, nos portos já existentes no litoral fluminense. "Hoje o porto de Angra dá suporte à maior refinaria em atividade no Brasil, a REDUC, e já tem estudos e planejamento para ampliação da sua estrutura, para atender um possível aumento da demanda." Disse um dos participantes.
"Não podemos permitir tamanha violência com a nossa querida Jaconé. Esta praia está acima de qualquer interesse. Esse patrimônio não pode ser destruído. Nada de bom virá para a população, somente os grandes que se beneficiarão com isso." Disse José Luiz Gomes.
Porto em Jaconé- Orçado em mais de R$ 5 bilhões, o TPN promete ser o maior porto de aportagem do Brasil, apto a receber "as maiores embarcações do mundo". Segundo a DTA Engenharia, responsável pelo empreendimento, o complexo portuário irá contar ainda com um estaleiro para reparos e terá capacidade para receber e armazenar mais de 850 mil barris de petróleo por dia.
