26/02/2014 às 06h04min - Atualizada em 26/02/2014 às 06h04min

Bolsa Social Mumbuca: entregues mais 1.250 cartões para famílias carentes

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(Foto :: Mauro Luis | Lei Seca Maricá)

(Foto :: Mauro Luis | Lei Seca Maricá)

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O Instituto Palmas, responsável pela implantação do programa Moeda Social Mumbuca em Maricá, realizou, nesta quarta-feira (dia 26/02), na Praça Orlando de Barros Pimentel, a distribuição de mais 1.250 cartões, do total de quatro mil, da primeira moeda social eletrônica do país, criada pela prefeitura, para combater a pobreza extrema na cidade e para estimular o crescimento do comércio local. A meta é atingir 13.500 famílias, que irão receber um benefício mensal de 70 Mumbucas (o que equivalente a R$ 70), com previsão de chegar a 300 Mumbucas por família até 2016. Representando o prefeito Washington Quaquá, o presidente da Câmara de Vereadores, Fabiano Horta, falou sobre a importância do programa para a população carente. "O Mumbuca nasceu para corrigir distorções sociais e para melhorar  a vida de quem precisa. Além disso, o programa contribui para o crescimento econômico de nossa cidade", destacou o presidente, acrescentando que o projeto de lei da Bolsa Mumbuca foi aprovado por unanimidade pela atual Câmara de Vereadores. O presidente da Rede Brasileira de Bancos Comunitários e coordenador do Instituto Palmas, João Joaquim de Melo, falou sobre a implantação, há 15 anos, do primeiro banco comunitário no Ceará, o Palmas. "Lá, a moeda solidária permitiu o fortalecimento do comércio que registrou, em menos de cinco anos, um crescimento de 40% da economia local. Nosso objetivo em Maricá é fazer um programa ainda melhor. A Mumbuca é estratégica, porque além de incentivar o comércio local contribui para a erradicação da pobreza extrema com a transferência direta de renda", declarou Joaquim. Para ele, o exemplo de Maricá servirá de referência no país e no exterior como modelo de programa de economia solidária. O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Miguel Moraes, que coordena a realização do programa na cidade, falou sobre um levantamento socioeconômico realizado na cidade que aponta que mais de 15 mil ganham até um salário mínimo e mais de 70% das famílias maricaenses recebem menos que três salários mínimos. "Maricá não é cidade dos ricos e sim do povo. Nossa intenção é melhorar as condições de vida das famílias carentes, garantindo a elas pelo menos uma renda mínima mensal", ressaltou o secretário. Ainda segundo Miguel, a partir de abril, será iniciada uma segunda fase do programa com a liberação de linhas de crédito, de até 15 mil Mumbucas, para o microprodutor, microempreendedores, agricultores familiares, pescadores, artesãos e pequenos comerciantes. História por trás dos cartões Márcia Cristina Figueiredo Almeida, de 28 anos, é moradora do bairro Caju, e mãe de dois filhos, um de cinco anos e outro de nove meses. Desempregada e mãe solteira, Márcia mora de aluguel e precisa da ajuda mensal de seus pais para poder sobreviver. "É um esforço diário para colocar comida dentro de casa. Faço uma faxina quando posso, mas não tenho com quem deixar meu filho mais novo. Esse cartão vai ajudar muito", frisou Márcia, que não é beneficiária do programa federal Bolsa Família. A aposentada Celma Ribeiro Mendonça, de 52 anos, também estava satisfeita com o recebimento de seu cartão. Moradora de Ubatiba, Celma é portadora de paralisia infantil e é responsável pela sua irmã, que possui distúrbios mentais. Por mês, elas gastam, em média, mais de R$ 300 somente na compra de remédios. "Nossa renda familiar é de R$ 500 que não dá pra nada. Esse programa vai contribuir muito para as despesas domésticas e, principalmente, com os gastos na farmácia", declarou. Quem também recebeu seu cartão foi a moradora de Inoã, Marlene Monteiro, de 49 anos, e mãe de três filhos. Desempregada, sua renda mensal que não chega a R$500 é constituída pelo recebimento do benefício do Bolsa Família e também pela venda de sorvete e doces caseiros. "Muitas vezes, deixo de comer para alimentar o meu filho de 16 anos que mora comigo e ainda não pode trabalhar. Com esse cartão, vou poder comprar comida e ajudar no crescimento dele".


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