13/03/2014 às 10h24min - Atualizada em 13/03/2014 às 10h24min

Atleta maricaense faz parte da Seleção Brasileira de hóquei no gelo

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Bruno Costa faz parte da Seleção Brasileira. (Foto :: Reprodução | SporTV)

Bruno Costa faz parte da Seleção Brasileira. (Foto :: Reprodução | SporTV)

Adriano Costa (Ao Centro) faz parte da Seleção Brasileira. (Foto :: Reprodução | SporTV)[/caption]

O atleta maricaense Adriano Costa faz parte da Seleção Brasileira de hóquei no Gelo. A estréia do Brasil nesta modalidade aconteceu no México, onde foi jogada a primeira edição do Campeonato Pan-Americano. O País se arrisca numa nova modalidade.

Esta foi a primeira vez que uma seleção brasileira foi formada, mesmo sem existir (nem nunca ter existido) um rink oficial para a prática do hóquei sobre o gelo em território nacional. Os atletas que estiveram no México são originários do hóquei sobre patins, no qual o País tem alguma tradição – está classificado para os dois Mundiais deste ano.

Por conta dos Jogos de Sochi, que concentrou os esforços (e os investimentos) da CBDG (Confederação Brasileira de Desportes no Gelo), não houve apoio financeiro para a empreitada, apenas uma carta aberta convocando atletas voluntários, que estão pagando a viagem do bolso.

Dos 18 atletas que estiveram no México, 10 nunca haviam atuado num rink oficial de gelo. Jogaram apenas em pistas pequenas instaladas em shoppings – o da Barra, principal do País, está em vias de fechar, aliás. Os outros oito tiveram experiência no gelo no exterior, principalmente em intercâmbios. Em clubes, atuam por Portuguesa, Hípica de Campinas, Lokomotiv RJ, Warriors (Pará) e AABB.

Disputa- A estreante Seleção Brasileira foi composta pelos goleiros Daniel Hammerle e Allan Edgard Ruane e os patinadores João Reis Gonçalves, Vinicius Torres de Mattos, Adriano Silva, Rafael Lindenberg, Leonardo Erthal Sobral, Salvador Ferreira Neto, João Henrique Vasconcelos, Pedro Henrique Prado, Júlio Baptista, Daniel Baptista, Eduardo Marcondes, Conrad Ruther, Gustavo Alberto Balassiano, Adriano Costa, Raimundo Augusto Neto Benigno, Paulo Ribas Dos Santos e o famoso Alexandre Capelle, um velho ativista do esporte no país.

Enfim, vamos à participação do Brasil torneio. Sua estreia internacional foi contra o México: derrota por 16 a 0. Histórico, mesmo assim. No jogo seguinte, contra a Argentina, derrota por 5 a 3. Daniel Baptista marcou o primeiro gol da história da Seleção Brasileira de hóquei no gelo. O próprio Baptista marcou mais um e João Henrique Vasconcelos fechou a contagem a nosso favor. Mais uma derrota por 16 a 0 para o Canadá e derrota por 14 a 0 para a Colômbia. Assim, o Brasil encerrou sua participação na fase de grupos do Pan-Americano de 2014. 51 gols sofridos, 3 gols marcados, saldo de 48 gols negativos e muitas vibrações positivas. Quem vai dizer que essas não foram as melhores derrotas que uma equipe brasileira já sofreu? Patinávamos sobre rodas, agora, também sobre lâminas. Ganhar não é a única maneira de se vencer e uma camisa de hóquei com nossas cores, nosso nome e o logo de nossa federação é uma vitória. Independentemente dos resultados, só em ter calçado os patins, estes 18 cavalheiros são campeões.

Mas é uma pena que um momento tão histórico sofra com tão pouca informação. Com os resultados, Canadá e México avançaram para a disputa da medalha de ouro enquanto Argentina e Colômbia jogaram pelo bronze. Os colombianos venceram por 9 a 1 e ficaram com o terceiro lugar. O Canadá, com jogadores de ligas como a ECHL, naturalmente, era favoritíssimo ao ouro, e confirmou o título com vitória por 7 a 0 sobre os donos da casa.

A Argentina estreou internacionalmente em 2012, contra o próprio México, em rodada dupla de amistosos, com derrotas por 5 a 1 e 10 a 1. Os mexicanos, por sua vez, atuam desde 2000. Fica a incógnita a respeito da Colômbia: em desenvolvimento no hóquei em linha, a Seleção foi de longe a melhor sul-americana do torneio, mesmo sem ser sequer membro da IIHF. Quem é essa seleção? Por que joga tão bem? Como tudo neste evento marcante, carece de informação e divulgação. Foi uma semana onde o esporte ganhou e, ao mesmo tempo, perdeu. História que não é contada, não aconteceu, e essa façanha de Brasil, Argentina e Colômbia precisa ser devidamente registrada.

INLINE - Via CBDG, Brasil é filiado à IIHF (Federação Internacional de Hóquei sobre o Gelo). No ano passado, a seleção brasileira conseguiu classificação para disputar o próximo Mundial de Hóquei sobre Patins organizado pela IIHF, que será disputado em junho, na República Checa. O Brasil será o único latino na competição. Entre 2003 e 2009, foi seis vezes ao pódio na segunda divisão do Mundial. Desde 2010, porém, não joga na elite, restrita a 16 países.

Existe um outro Mundial, organizado pela FIRS (Federação Internacional de Esportes sobre Patins), com regras um pouco diferentes. O Brasil, décimo do ranking mundial, também vai jogá-lo, em Toulouse (França). O grupo é o mesmo paras as duas competições e os jogadores, que pagam do bolso as despesas, não teriam dinheiro para uma terceira viagem (esta ao México).

Assim, dos 30 atletas da seleção sobre patins, só João Henrique Vasconcellos está no México. Ele, assim como outros 14 jogadores do Brasil, recebe Bolsa-Atleta do governo federal.

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Seleção Brasileira de hóquei no gelo. (Foto :: Reprodução | SporTV)

Seleção Brasileira de hóquei no gelo. (Foto :: Reprodução | SporTV)

Seleção Brasileira de hóquei no gelo. (Foto :: Reprodução | SporTV)[/caption] [caption id="attachment_31658" align="aligncenter" width="1366"]
Seleção Brasileira atuando. (Foto :: Reprodução | SporTV)

Seleção Brasileira atuando. (Foto :: Reprodução | SporTV)

Seleção Brasileira atuando. (Foto :: Reprodução | SporTV)[/caption]  
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