Fernando Uchoâ | Jornal Gazeta - A duplicação da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), há cerca de dez anos, aumentou sobremaneira o fluxo de turismo para Maricá e adjacências. Mas o aumento do trânsito trouxe progresso e também risco para os moradores, principalmente os residentes no perímetro de Inoã, sede do 3º Distrito, com uma população estimada de 55 mil habitantes, a maior do município.
Semanalmente, pessoas morrem na pista, por excesso de velocidade dos carros, falta de iluminação e sinalização, e também, por imprudência. Só no primeiro semestre de 2012, uma média de seis acidentes fatais foram registrados. Uma das vítimas mais recentes da ausência de uma passarela no local, foi uma senhora de 56 anos, moradora no Condomínio Taquaral II, que foi atropelada quando retornava para sua casa, depois de um culto dominical. O motorista do carro que a atropelou, aproveitou a falta de iluminação para se evadir, tendo outro veículo, que vinha a seguir, também em velocidade, passado por cima da vítima, que foi levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima, vindo a falecer nove dias depois, em razão da gravidade dos ferimentos.
Abaixo-assinadoPreocupado com o aumento constante desse índice de mortalidade, o líder comunitário Gilmar Soares Silva, encaminhou ofício ao Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro – D.R.E -, com abaixo-assinado de mais de 500 assinaturas, reivindicando passarela para a rodovia, na altura do Km. 16,5 (entre as Avenidas A e B), onde estão situados um colégio e uma grande creche.
Enviou também ofício à 1ª Promotoria da Tutela Coletiva em Niterói, que validou judicialmente seu pedido ao D.E.R. No final do mês de julho, o líder comunitário recebeu o ofício de nº 255, do Gabinete da Presidência do D.E.R, assinado pela engenheira Elizabeth Valle Viana Paiva, informando que o processo de nº E-17/201308/2012, que está sendo providenciado um projeto de passarela no Km. 15 da RJ_106, em Inoã. Em reconhecimento, Gilmar agradeceu à Promotoria, na pessoa da Drª Renata Escarpa Fernandes Borges, em carta-ofício de referência IC 200900172408, de 31/07/2012, ressalvando porém que, no ofício-resposta do D.E.R., houve um equívoco: o local solicitado para a passarela não é o Km. 15, e sim, o Km. 16,5, onde ficam as escolas
ViadutoSegundo ele, no Km. 15 da rodovia, funcionaria melhor um viaduto, já que os carros passam nesta altura na velocidade de 100 a 120 km. por hora, desrespeitando até o redutor de velocidade com o limite de 60 km/hora. Além do que, no Km. 15, já existe um túnel que atende, de forma limitada, às pessoas que transitam para as compras, visto tratar-se do centro comercial do bairro. “A instalação da passarela no Km.16,5 se justifica só pelo público que a irá utlizar. É bom lembrar que aqui existe uma creche municipal, com mães que atravessam diariamente as quatro pistas de rolamento da rodovia, além de um colégio estadual com muitos adolescentes, que, mesmo mais ágeis, podem ser atropelados a qualquer momento. Existem outras pessoas que trabalham, os idosos que saem para ir ao médico, os deficientes físicos. Todos cidadãos e que precisam da atenção e responsabilidade social do Estado”, conclui.
