20/04/2014 às 10h55min - Atualizada em 20/04/2014 às 10h55min

Meninas de 13 anos foram as que mais se vacinaram contra o HPV

Cobertura vacinal nessa faixa etária já passa dos 80% no Rio de Janeiro

Um mês após o início da campanha nacional de vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano), as meninas de 13 anos foram as que mais compareceram ao chamado do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. No estado, a cobertura vacinal das meninas de 13 anos é de 83,31%, contra 59,59% (meninas de 11 anos) e 63,23% (meninas de 12 anos), segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. Em números absolutos, foram aplicadas 231.851 doses da vacina no estado. Em todo o Brasil, até agora, a cobertura vacinal para essa faixa etária chega a 84,88%, contra 75,90 % (meninas de 11 anos) e 68,45% (meninas de 12 anos). Foram aplicadas um total de mais de 3,5 milhões de vacinas.

- As meninas mais novas podem achar que ainda é uma realidade distante para elas. As de 13 anos podem ter mais abertura para conversar em casa sobre sexualidade e sobre os perigos do HPV. O importante é que todas as adolescentes da faixa etária da campanha compareçam para se vacinar até o final do ano – explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Rita Vassoler.

Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.

Este ano está sendo vacinado o primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas de 9 anos. A meta é vacinar 80% das mulheres de cada uma das faixas etárias delimitadas.

A vacina está disponível nos postos da rede pública durante todo o ano, como parte da rotina de imunização, intensificando a importância do comparecimento das adolescentes que ainda não se vacinaram.

O HPV é um vírus transmitido durante a relação sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras doHPV. No Brasil, cerca de 685 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus a cada ano.

A infecção normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. Nas mulheres, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. Nos homens, é mais comum na cabeça do pênis e na região do ânus. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta. No entanto, homens e mulheres podem estar infectados sem apresentar sintomas.

O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa saiba que estava infectada. Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento pode ser feito com medicamentos ou cirúrgico. O câncer de colo de útero é o crescimento anormal de células do útero. Essas alterações têm como principal causa a infecção por alguns tipos de HPV. Para prevenir a contaminação, o ideal é fazer acompanhamento regular com o médico, realizar exames preventivos e usar preservativos durante relação sexual. 


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