17/08/2012 às 13h05min - Atualizada em 17/08/2012 às 13h05min

Veneração e fé marcaram Festa da Padroeira de Maricá

Alvorada, missas, procissão e show católico fizeram parte da programação

( Foto :: Divulgação | Fernando Silva)
A cidade de Maricá homenageou nesta quarta-feira, 15.08, a padroeira Nossa Senhora do Amparo. As festividades começaram cedo, às 6h, com a alvorada festiva e missas e o ponto culminante foi a tradicional procissão da imagem da santa pelas principais ruas da cidade, acompanhada pela celebração de Missa Campal Solene pelo arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias.

Uma multidão de fiéis prestigiou o evento. Gente como Alezia Bezerra da Costa e Silva, de 72 anos. Devota de Nossa Senhora do Amparo há mais de 50 anos, Alezia vende artigos religiosos durante os festejos da padroeira e também nos eventos realizados nas 14 capelas da cidade, por isso dedica vários dias aos preparativos da festa. “Faço questão de todo ano participar durante todos os dias”.  A devoção à santa foi reafirmada há 20 anos quando se curou de um câncer. “Jamais duvidei da intervenção da minha santa na cura”, disse ela, triste este ano pela perda do pai, também devoto, há dois meses.  “Era muito católico, a ele devo toda minha fé”, lamentou.

Outra que participa ativamente das comemorações é Maria de Carvalho, que não revelou a idade. Antes mesmo de saber escrever já era devota. “Era tradição na cidade onde morava em Minas Gerais ter uma criança acompanhando a imagem da santa na procissão. Eu era essa criança”, contou. Ao vir morar em Maricá, em 1979, Maria que já era professora de música e cantora lírica, começou a participar das atividades da paróquia cantando em missas e casamentos. Como tradição, Maria apresentou o "Hino de Nossa Senhora do Amparo de Maricá" e as músicas "Consagração a Nossa Senhora" e a "Ave Maria de Bach/Gounod", num dos momentos mais emocionantes, a saída da imagem para as ruas da cidade.

Procissão de fé pelas ruas de Maricá
Mesmo com chuva, centenas de fiéis aguardavam Nossa Senhora do Amparo. Enfeitada por flores e fitas e coroada, a imagem foi recebida por aplausos, chuva de pétalas de rosas e queima de fogos. O Arcebispo de Niterói, Dom José Rezende Dias, e o pároco de Maricá, Padre Marcos Drumond Calixto, acompanharam todo percurso da procissão, realizada desde 1802, pelas ruas do Centro, com veículos levando andores com imagens representando diversas paróquias. No último seguia a padroeira que, no fim da procissão, foi conduzida à Praça Orlando de Barros Pimentel para a celebração da missa.

Moradora do bairro São José de Imbassaí, Jussara Franco, de 45 anos, considera a procissão o ato mais simbólico da festa. “A devoção por Nossa Senhora do Amparo remota ao início do povoado lá em São José, o que comprova a importância desta data para os moradores. A procissão é a benção da santa às famílias de Maricá”, destacou.

Missa Campal Solene
Na Missa Campal Solene, pela primeira vez realizada na cidade, o arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias, destacou a importância da eucaristia. Dentre passagens do evangelho, citou a visita da Virgem Maria à sua prima Isabel, em idade avançada e grávida de seis meses. “Com a frase ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre’, Isabel comprova a maternidade da mãe do filho de Deus e Maria mostra que ampara e conforta todos os momentos de seus filhos, sejam de tristeza ou alegria”.

Pela primeira vez em Maricá, o arcebispo falou do contentamento na visita. “Essa festa convida toda comunidade para viver em fé. Que possamos reconhecer a importância de seguirmos os ensinamentos de Jesus e de Maria e respeitarmos a Sagrada Família”, destacou o arcebispo, que substituiu em fevereiro deste ano Dom Frei Alano Maria Pena. Além do arcebispo e do padre Marcos, também participaram os padres Jadilson Martins e Paulo César. Após a missa, a imagem da santa foi conduzida para o interior da paróquia para oração, veneração e distribuição das rosas.

Show católico com Padre Ricardo Whyte
Encerrada a celebração, o pároco de Armação dos Búzios, Ricardo Antônio Whyte, se apresentou no palco principal. Um dos momentos mais emocionantes veio com o sucesso "Noites Traiçoeiras".  Além de cantor, compositor, produtor musical, Ricardo Whyte é jornalista, filósofo e teólogo. Antes de ingressar na vida religiosa, morou nos EUA por três anos. O padre considera a música um excelente instrumento de evangelização. “Por meio de acordes sonoros podemos levar mensagens de paz a todos os que precisam de uma inspiração divina. Essa é uma das minhas tarefas como padre e cantor”,  concluiu.

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