Aguardados desde 2013, os 13 coletivos comprados pela Prefeitura de Maricá para atender as extremidades da cidade, de Jaconé ao Recanto de Itaipuaçu, com tarifas mais baixas, não têm data para começar a rodar. O motivo: entraves burocráticos relacionados à transferência de propriedade dos veículos da prefeitura para o patrimônio da Maricá Transportes Públicos. A burocracia levou a secretaria a adiar novamente, e sem prazo, a entrada em operação da frota.
De acordo com a assessoria da prefeitura, a aquisição dos coletivos objetiva combater o monopólio e os maus serviços prestados por empresas de transporte que atuam no município. Os ônibus adquiridos pelo Executivo são equipados com ar condicionado, sensores de portas e elevadores para deficientes. Além disso, a prefeitura comprou um caminhão reboque. Os 13 ônibus estão guardados na área administrativa do aeródromo municipal e quando entrarem em operação ficarão na sede da empresa, às margens da RJ-106, no bairro Colina.
“- Acho que as passagens em Maricá são muito caras. Ônibus para Niterói pela manhã já vem praticamente lotado. Em Inoã é quase impossível pegar ônibus vazio. Ônibus para circular por aqui seria muito positivo, principalmente porque são muito caros. Precisamos de mais benefício”, disse a dona de casa Maria Antônia Cabral, 39 anos.
A aquisição dos coletivos custaram R$ 4,8 milhões. A tarifa inicial será de R$ 2 e progressivamente reduzida em R$ 0,50 por ano até se tornar gratuita. A Secretaria de Trânsito e Transportes informou que 25 linhas de ônibus municipais atendem a cidade e 78 vans são autorizadas pelo município a oferecer o serviço de transporte de passageiros. A secretaria acrescentou ainda que prepara um projeto de lei de regulamentação do transporte complementar (vans) para aumentar o número de veículos. A proposta será encaminhada para aprovação na Câmara Municipal.
A TRIBUNA
