29/09/2014 às 19h32min - Atualizada em 29/09/2014 às 19h32min

Com greve anunciada, usuários lotam agências bancárias em Maricá

Procura por serviços provocou grandes filas nesta segunda (29). Greve está prevista para esta terça-feira (30), em todo o país.

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Filas no Banco do Brasil. (Foto :: Whatsapp LSM)

Filas no Banco do Brasil. (Foto :: Whatsapp LSM)

Filas no Banco do Brasil. (Foto :: Whatsapp LSM)[/caption]

LEI SECA MARICÁ- Com a greve dos bancários anunciada para esta terça-feira (30) em todo o país, os usuários se anteciparam ao buscar os serviços nas agências bancárias de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, nesta segunda-feira (29). A procura gerou grandes filas.

O frentista Marcelo Oliveira levou de uma só vez todas as contas acumuladas para pagar,  a fim de não ter problemas. “Se não tiver dinheiro em caixa, a gente vai ter que esperar o retorno dos grevistas. Acredito que eles vão abater os juros de contas que vencerem e os clientes não conseguirem pagar. Hoje, eu vou fazer a tentativa. Adiantar tudo o que puder pagar”, afirmou.

“Estamos aqui desde as oito horas da manhã enfrentando uma fila. Acho que não era desse jeito que era para estar. Era para ter um pouco de respeito com as pessoas. [Com a greve], agora complica mais. A gente pensa que vai mudar, piora de vez”, reclama o educador Dionildo Farias.

Na oitava rodada de negociação da Campanha 2014, realizada no último sábado em São Paulo depois de as assembleias massivas em todo o país terem decretado greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira 30, a Fenaban apresentou uma nova proposta, que o Comando Nacional dos Bancários já considerou insuficiente, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos. Além disso, a proposta ignora completamente as reivindicações sobre emprego, condições de trabalho, principalmente metas abusivas e assédio moral, segurança e igualdade de oportunidades. 

"- Essa proposta precisa melhorar frente aos lucros dos bancos. Ela continua sendo insuficiente, não somente na parte econômica, mas também porque não traz nada sobre garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, segurança bancária e igualdade. Mais uma vez deixamos claro na mesa de negociação de que não faremos acordo sem que sejam contempladas soluções para as metas e o assédio", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. 

Diante disso, o Comando mantém o calendário aprovado anteriormente e a greve por tempo indeterminado a partir da terça-feira 30 aprovadas pelas assembleias do dia 19. "Nós bancários sabemos que nossa força é a unidade nacional e a nossa capacidade de mobilização. Agora é hora de estreitar essa unidade e intensificar a mobilização, de lotarmos as assembleias da segunda-feira e fazermos uma grande greve para pressionar os bancos a apresentarem uma nova proposta que contemple nossas reivindicações", acrescenta Cordeiro. 


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