LEI SECA MARICÁ :: ROMÁRIO BARROS- Foi sepultado na tarde desta sexta-feira, 14, no Cemitério Parque da Paz, no bairro Pacheco, em São Gonçalo, o 3º sargento da Polícia Militar, Douvair Martins de Vasconcellos, de 42 anos, mais conhecido pelos colegas de farda como ‘Vasquinho’ que foi assassinado a tiros durante a madrugada na casa que residia na Rua 65 do Loteamento Jardim Atlântico, em Itaipuaçu, distrito de Maricá.
O caixão do sargento foi coberto com a bandeira nacional, como honras militares, sendo dispensadas pelos familiares as salvas de tiros. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes no sepultamento do militar, entre eles o major Silveira, que atualmente responde pelo comando do Batalhão de Niterói, o coronel Fernando Salema, do Batalhão de São Gonçalo, além de agentes do serviço reservado e colegas civis.
Sgt Vasconcellos também serviu no 7ª BPM (São Gonçalo), onde era conhecido por sua atuação contra a criminalidade. PMs que trabalharam diretamente com “Vasquinho”, como era conhecido na intimidade, fizeram questão de enaltecer o caráter do colega, em especial sua coragem e determinação no combate ao crime.
“Ele não tinha inimigos. Ao contrário, era estimado por todos. Perdemos um grande guerreiro que jamais será esquecido”, disse um colega de farda, sob salva de palmas dos presentes.
Segundo informações, o enterro só foi possível graças a amigos que decidiram fazer uma 'vaquinha' para comprar um jazigo no Cemitério Parque da Paz. Ao saberem que a família só conseguiria fazer o sepultamento em uma gaveta no Cemitério Municipal São Miguel, eles resolveram ajudar.
Até a metade do mês de novembro desse ano foram registrados 242 policiais baleados em todo o estado, sendo um agente da Polícia Federal, oito policiais civis (um aposentado), 233 PMs (12 reformados, dois recrutas e dois oficiais). Ainda segundo a triste estatística, desse total 82 estavam de folga e 145 estavam de serviço.
Entenda o Caso
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De acordo com a PM, quatro homens fortemente armados com fuzis e encapuzados invadiram a casa do Sgt Vasconcellos na Rua 65, entre as Ruas 34 e 33 por volta de 00h10. Os bandidos entraram na residência do Sargento pulando o muro, mas antes, quebraram as câmeras de segurança que estavam em um poste.
Os criminosos arrombaram a porta da frente da residência e partiram para cima do Sargento que foi atingido na cozinha da residência por diversos disparos. Bombeiros do Destacamento de Maricá ainda foram deslocados para o local, mas nada puderam fazer.
Ainda segundo a PM, os criminosos entraram em uma casa ao lado e sequestraram um homem. A vítima foi colocada no interior do veículo utilizado pelo bando. "Os bandidos pensavam que ele também seria um Policial Militar." Comentou um Policial Militar.
Os criminosos fugiram levando o homem como refém no veículo. Cerca de vinte minutos depois o homem, que terá o nome preservado, foi libertado pelos criminosos na pista sentido Niterói da RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto), em frente ao Queijão do km 11, próximo a Serra do Calaboca “- Eu falei pra eles que eu não era Policial Militar, eu falava isso toda hora. Depois de muito implorar, eles viram que eu não PM e me libertaram”. Contou o homem que conseguiu embarcar em um táxi e voltou para casa.
Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) estiveram no local do homicídio para realizar os procedimentos periciais.
O corpo do Sargento Vasconcellos foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, em São Gonçalo. O caso foi registrado na Delegacia de Maricá (82ª DP), que abriu investigações sobre o assassinato.
O delegado Dr. Júlio César Mulatinho informou apenas que a principal versão para a morte do Sargento é a de vingança, num plano premeditado.
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