27/11/2014 às 21h41min - Atualizada em 27/11/2014 às 21h41min

IDHM de Maricá abaixo da média da região metropolitana

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Maricá está abaixo da média das cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras. Os dados se baseiam em levantamento realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fundação João Pinheiro (FJP) com dados  do IBGE. Pelo levantamento, enquanto Maricá tem um IDHM de 0,765  aRegião Metropolitana do Rio tem 0,771 (quanto mais perto de 1, mais desenvolvido).

A campeã em desenvolvimento humano é a praia de Icaraí em Niterói com 0,962 superando Leblon e Ipanema, bairros mais caros da orla carioca, com o metro quadrado entre os mais valorizados de todo o País. Já a cidade de Itaboraí  tem as localidades com os piores IDHMs do Estado: 0,596. Japeri e Queimados, cidades na Baixada Fluminense, também estão na parte mais baixa do ranking.

No caso de Icaraí, o bom resultado se explica por uma combinação de fatores: a concentração de aposentados com alto soldo, a baixa taxa de fertilidade, o que faz aumentar o cálculo da renda per capita, e a ausência de favelas. A análise é do professor da Universidade Federal do Rio (UFRJ) Mauro Osorio, doutor em planejamento urbano e regional. 

Ele afirma que as desigualdades regionais só serão amenizadas se os investimentos na periferia da região metropolitana subirem rapidamente. Ele defende a criação de uma agência com participação dos governos estadual e da capital. "É preciso planejamento. Quando observamos as metrópoles do Rio, São Paulo e Minas, vemos que a do Rio têm a pior situação. A decadência do Estado dos anos 1960, com a transferência da capital para a Brasília, até meados dos anos 2000, foi mais sentida na periferia."

Os 21 municípios da região se separam em dois grupos, Osorio explica: as áreas mais nobres do Rio (zona sul, grande Tijuca e Barra da Tijuca), acrescidas de Niterói, de um lado, e o restante da capital (zonas norte e oeste) e os 19 municípios restantes, de outro. "Na Baixada existem municípios em que as ruas não têm nem CEP. As cidades já nasceram precárias", disse.


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