22/07/2012 às 19h30min - Atualizada em 22/07/2012 às 19h30min

Estado do Rio tem cerca de 32 mil vivendo em áreas de risco

Maricá possui 261 pessoas em situação de risco e 158 casas em iminente risco em 36 localidades, segundo o Serviço Geológico do Estado do Rio (DRM-RJ)

Encosta na comunidade do Viradouro, mapeada pela Prefeitura,
que já investiu R$ 86 milhões em obras de contenção.
Foto: André Redlich
O FLUMINENSE - Pelo menos 32.079 fluminenses, de 31 municípios, moram em áreas consideradas de risco alto ou muito alto de deslizamento de terra ou inundações. A conclusão é do Serviço Geológico do Estado do Rio (DRM-RJ), a partir de estudo de seu Núcleo de Análise e Diagnóstico de Escorregamentos (Nade).  “Fizemos os relatórios prioritários de 31 municípios com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). Essas informações foram repassadas para as secretarias municipais de obras e assistência social visando contribuir para a redução de possíveis desastres, através da transferência do conhecimento sobre a distribuição e o grau de perigo em cada localidade”, explicou o presidente do DRM-RJ, Flávio Erthal.

Das cidades avaliadas no Leste Fluminense, São Gonçalo aparece com o maior número de pessoas expostas ao risco de deslizamento ou inundações - 1.752 habitantes -, tendo 417 casas ameaçadas em 48 setores de risco iminente. Rio Bonito possui 574 indivíduos sob perigo de desastres derivados de cataclismos e 158 imóveis ameaçados em 46 áreas. Maricá possui 261 pessoas em situação de risco e 158 casas em iminente risco em 36 localidades, segundo o órgão. Niterói não teve dados divulgados pelo órgão, porque o mapeamento ficou a cargo do município, através da Subsecretaria Municipal de Geotecnia (GeoNit). “A medida consiste no monitoramento, orientação e prevenção, permitindo às prefeituras a estruturação de projetos para contenção de encostas ou construção de habitações populares”, pontuou Flávio Erthal.

O DRM-RJ informou que a segunda parte do mapeamento, abrangendo mais 36 municípios fluminenses, está prevista para ser concluída ainda em 2012. Segundo o órgão, até setembro está em execução o levantamento nas cidades de Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, São José de Ubá e Varre-Sai. Até o fim de dezembro o serviço, já licitado em junho, deverá estar finalizado também em Cantagalo, Carapebus, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Levy Gaspariam, Macuco, Paraíba do Sul, Porto Real, Quatis, Quissamã, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Trajano de Moraes, Três Rios e Valença.

Prefeituras informam as providências adotadas
A Prefeitura de Maricá afirmou que a Defesa Civil monitora, constantemente, suas áreas de risco. Entre as ações de redução da população exposta a deslizamentos e inundações, destaca-se a construção de 1.460 habitações, previstas para serem entregues a partir do fim de 2012, com prioridade para habitantes de margens de lagoas e córregos. 

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