30/04/2012 às 15h42min - Atualizada em 30/04/2012 às 15h42min

Cadeirantes enfrentam dificuldades de locomoção em Maricá

Foto: Romário Barros / Lei Seca Maricá
Aristides Machado, 59 anos, Morador de Maricá desde que nasceu é comerciante de Cordeirinho há mais de 15 anos e luta pela acessibilidade do deficiente físico. Em uma reportagem para a equipe do Lei Seca Maricá comentou das dificuldades que enfrenta na cidade.

“Seu Tidi” como é carinhosamente chamado tem uma loja de materiais de construção e na frente de seu comércio existe uma rampa de acesso para sua cadeira de rodas. “Eu tive de pedir para construir isso aqui para não ter que pedir ajuda. Gosto de ser independente. Queria que em todos os lugares da cidade fossem igual minha loja”. Comentou.

Nos dias de chuva, por conta dos buracos, a RJ 102 (Avenida Maysa) fica com bastante acumulo de água e “Seu Tidi” tem que andar da sua casa até a loja pelo pelo meio da Rua, pois não há calçadas, correndo o sério risco de ser atropelado por algum carro.

Os ônibus da Viação Costa Leste não são adaptados para os deficientes físicos e “Seu Tidi” depende da ajuda de parentes para ir até o centro da cidade de carro. “Os ônibus continuam com o mesmo problema. Se as multas tivessem sido aplicadas, com certeza os ônibus estariam adequados aos cadeirantes. É uma vergonha”. Desabafou.

Hoje a maior dificuldade encontrada por Aristides e por milhares de brasileiros é a acessibilidade. Em Maricá, por exemplo, principalmente no comércio a acessibilidade é quase nula.  “É complicado ser cadeirante, por causa do acesso que a gente não tem, das dificuldades, do preconceito que a gente passa a cada dia só porque a gente é cadeirante, mas não tem que ser visto como coitadinhos. Nó somos pessoas normais como qualquer outra só temos uma limitação. Eu quero mostrar através desta reportagem que o deficiente físico não tem que se importar que está em uma cadeira de rodas, mas sim que o importante é que a vida continua e a gente tem a nossa luta, a nossa garra, nossa força de vontade e o meu incentivo é tirar os cadeirantes de dentro de casa ter condições de andar no município, de passear, enfim”, explicou.

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