29/01/2013 às 11h44min - Atualizada em 29/01/2013 às 11h44min

Projeto Botinho inspira jovens a seguir a carreira de salva-vidas em Maricá

Há 30 verões, colônia de férias do Corpo de Bombeiros ensina noções de salvamento e primeiros socorros

Projeto Botinho realizado na praia da Barra de Maricá
(Foto :: Simone Bezerra)
Eles tiveram certeza da vocação profissional ao participar, ainda crianças, do projeto Botinho. As noções de salvamento e primeiros socorros, as orientações sobre as condições do mar, as amizades e as atividades lúdicas ajudaram a moldar este grupo de guarda-vidas. Hoje profissionais, eles lembram que, graças à colônia de férias que o Corpo de Bombeiros promove há 30 anos no verão, descobriram os prazeres e segredos do mar na orla do Rio.

É o caso do major Paulo Costa, do 3º Grupamento Marítimo (G-Mar), em Copacabana. Aos 31 anos, o guarda-vidas  coordena o Botinho da unidade. Mas tudo começou aos 9 anos, quando passou a frequentar, até os 17, o projeto, que lhe proporcionou a real noção do que é ser um guarda-vidas. Conforme foi ficando adolescente, começou a prestar mais atenção às técnicas de natação e salvamento. "Chegava a ser viciante aprender isso tudo. A partir dos 14, 15 anos, salvei inúmeras pessoas na orla do Rio com o que aprendi no Botinho". Disse o major

Também lotado no 3º G-Mar, o sargento Anderson Alves, de 34 anos, recorda-se de que hoje trabalha na praia que sempre frequentou, desde a infância, inclusive como aluno do Botinho. Lá, fez muitas amizades e ganhou um apelido que o acompanha até hoje: Buiú, referência a um personagem de TV. "O Botinho foi o divisor de águas: a partir dali, soube que seria guarda-vidas. O que tem em mim daquele garoto é o respeito ao mar. O que ficou para a minha vida profissional foram a disciplina e os ensinamentos de salvamento". Afirmou o sargento.

Contato inicial com a corporação
Os três anos no Botinho também representaram uma iniciação para o cabo Wendell Santanna, lotado no Recreio. Aos 23 anos, ele defende que toda criança participe do projeto, para passar adiante os conhecimentos que ajudam a evitar afogamentos. "O Botinho me permitiu conhecer a corporação. E, como bombeiro, passei a compreender o valor da vida. O projeto me fez descobrir o prazer de ajudar as pessoas que precisam". Explicou Wendell.

O projeto Botinho começou na década de 1960, mas só passou a ser conduzido pelo Corpo de Bombeiros há 30 anos. Atualmente, possui 30 núcleos no estado e contemplou cerca de 10 mil crianças este verão.

Projeto Botinho realizado na praia da Barra de Maricá
(Foto :: Simone Bezerra)

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