09/12/2012 às 18h17min - Atualizada em 09/12/2012 às 18h17min

Acidentes na RJ 106 (Rodovia Amaral Peixoto) preocupam moradores de Maricá

Trechos em Inoã, São José do Imbassaí e Itapeba são considerados os mais perigosos

Em Itapeba, os moradores se arriscam ao atravessar a Rodovia
( Foto :: Romário Barros | LSM Notícias)
REPORTAGEM ESPECIAL - Da Redação | Romário Barros - Uma violência que parece ter se tornado habitual. Essa é a impressão dos moradores de Maricá, Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro a respeito dos acidentes que ocorrem na RJ 106 (Rodovia Amaral Peixoto), que corta a região. Importante ligação entre a capital e a Região dos Lagos, a estrada se torna gradativamente um ponto de concentração de motoristas o que potencializa o risco de tragédias.

“Eu acho que essa rodovia está bem melhor do que antes. Mas para o pedestre e para quem anda de bicicleta é mais difícil”, comenta o auxiliar administrativo Danilo Ferreira, que trabalha em uma loja de materiais de construção às margens da estrada. “O acostamento é pequeno, não tem ciclovia, não tem nada”, completa a operadora de caixa Fernanda Ribeiro, colega de Danilo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os trechos mais perigosos com maior índice de atropelamentos da Rodovia são os quilômetros quinze, dezenove, vinte e dois e vinte sete. Respectivamente os trechos são em Inoã, dois trechos em São José do Imbassaí e um em Itapeba. “Os bairros ribeirinhos à Rodovia cresceram muito. Os pedestres arriscam-se em meio aos carros que trafegavam em alta velocidade, no km 27 em Itapeba, onde não existe nenhum tipo de radar.”, informaram os Bombeiros.

Os Bombeiros comentaram ainda que seria necessário fechar o cerco contra os infratores. “Na maioria dos casos, a pessoa está inocentemente caminhando na margem ou atravessando a Rodovia e é atropelada pelo motorista imprudente ou embriagado. São pessoas adultas, que estudaram para tirar a habilitação. Tem que ter educação, mas tem que ter punição também”, opinou um dos Bombeiros.

O Batalhão de Polícia Rodoviária disse que os agravantes acontecem em sua maioria no final do semana. “O fato de a rodovia ser muito plana e ser próximo de uma região de praia, as pessoas bebem muito e as se excedem na velocidade e na imprudência”, disse um policial militar. Para ele, finais de semana são momentos críticos em matéria de acidentes.

A última grande intervenção que a via recebeu foi a duplicação do trecho que vai de Tribobó até a altura do quilômetro 30, em Maricá. As obras foram realizadas entre de 2003 e 2005, a um custo de R$ 27 milhões, conforme divulgado na época. Após as obras de duplicação da via, que facilita o acesso à Região dos Lagos sem a cobrança de pedágio, o fluxo aumentou em 20 mil veículos diários nos dias úteis, chegando a 55 mil nos finais de semana. Muitos destes motoristas consideram o trecho entre Maricá e Saquarema o mais perigoso, principalmente na Serra do Mato Grosso, mas profissionais do volante alertam que, mesmo os trechos planos merecem respeito. “É perigoso demais andar na serra e também em toda parte sem acostamento. É pista e mata. Se um carro quebra é difícil até mesmo de rebocá-lo. Além disso, a estrada não tem acostamento nem iluminação”, como diz o reboquista Silvio Antunes, de 47 anos.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) informou que a diferença entre as velocidades de cada trecho varia de acordo com os diferentes pontos e trechos das estradas, levando em conta se o trecho é mais urbano ou mais rural, se tem mais curvas ou se é mais plano e assim por diante. Sobre a colocação de possíveis radares em alguns trechos da Rodovia o DER-RJ não se pronunciou.

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