13/03/2017 às 14h03min - Atualizada em 13/03/2017 às 14h07min

Operação contra a pedofilia e prende um homem em flagrante em Maricá

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Oito homens foram presos em flagrante numa operação da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), até o final da manhã desta segunda-feira (13). Os suspeitos são acusados de baixar ou compartilhar vídeos ou fotos de pornografia infantil, o que é crime. O cerco aos pedófilos começou ainda na madrugada. Cento e vinte policiais participaram da ação.

Várias equipes da Polícia Civil saíram da Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio, para cumprir 24 mandados de busca e apreensão. Peritos da polícia acompanharam as equipes. Se ficar constatado que há vídeos e fotos de material pornográfico infantil, as prisões serão em flagrante.

No Campinho, na Zona Norte do Rio, a polícia prendeu um homem e aprendeu computadores com vídeos pornográficos. Em Olaria, também na Zona Norte, outro homem foi preso. Na casa dele, os agentes também encontraram vídeos de pedofilia. Alguns estavam sendo baixados no momento da chegada dos policiais.

Em Cosmos, na Zona Oeste, outro suspeito foi preso. Também teve prisão em Guaratiba e Realengo, na Zona Oeste, e em outras partes do estado.

Em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, a polícia esteve na casa de um controlador de voo e achou no computador dele vários arquivos de sexo com crianças.

Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, dois homens foram presos em flagrante. Também teve operação em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em Niterói e em Maricá, na Região Metropolitana, onde outra pessoa foi presa.

Dos oito suspeitos presos, dois confessaram os crimes. As investigações da DRCI duraram seis meses. Os policiais usaram um equipamento moderno que identifica, em tempo real, computadores que estejam sendo usados para baixar ou compartilhar vídeos e fotos com pornografia infantil.

O sistema não foi mostrado para não atrapalhar as investigações. Essa tecnologia foi desenvolvida nos Estados Unidos. Os policiais civis do Rio foram treinados por agentes do FBI, a polícia federal americana.

A psicóloga Áurea Guimarães, que trabalha no Tribunal de Justiça, ouve os depoimentos de crianças e adolescentes vítimas de pedofilia. Em média, o TJ analisa cinco mil processos por ano no estado. E quase sempre os pedófilos agem do mesmo jeito.

"Eles sempre agem da mesma forma. São pessoas agradáveis, que dão presentes, que tentam conquistar a confiança da criança para poder se aproximar, muitas vezes, para cometer essa violência. A gente não recomenda que crianças e adolescentes tenham acesso às redes sociais. Mas se for imprescindível, é preciso que a criança ou adolescente seja sempre monitorado", disse a psicóloga.

Baixar ou compartilhar esse tipo de material é crime, com pena de até seis anos de prisão, como explica a delegada Daniela Terra.

"Se você tiver contato com esse tipo de material nas redes sociais, jamais, jamais compartilhe, divulgue ou guarde esse material. É importante que a pessoa denuncie quem botou esse material às autoridades competentes. Quem compartilha ou guarda essa material é criminoso também. Também responde pelo crime de pedofilia", explicou a delegada.

A polícia não divulgou o nome dos presos nem o que disseram em suas defesas. Eles serão ouvidos ainda nesta segunda-feira. Todos foram levados para a Cidade da Polícia.

As fotos dos presos não foi divulgada.

G1


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