11/11/2011 às 02h53min - Atualizada em 11/11/2011 às 02h53min

Delegado de Maricá, Roberto Gomes Nunes queria que o traficante Nem fosse levado para delegacia

Roberto Gomes Nunes
Delegado da 82ª DP
A Polícia Federal e a Corregedoria da Polícia Civil vão investigar as circunstâncias da presença de um delegado e de dois inspetores durante a prisão do traficante Nem da Rocinha .Os três teriam tentando impedir o comboio do Batalhão de Choque de levar o bandido para a sede da PF. 

O delegado da 82ª DP (Maricá), Roberto Gomes Nunes, esteve na Lagoa com o inspetor Mussi, também daquela unidade, e com o inspetor Figueiredo, lotado na Subchefia Operacional da Polícia Civil. Figueiredo disse que foi até o local da prisão de Nem com a autorização do delegado Sérgio Caldas, chefe de Polícia Civil em exercício. 

A Corregedoria Interna da Polícia Civil marcou para esta sexta-feira o depoimento dos três policiais civis. Eles tentaram levar Nem para a 15ª DP (Gávea), onde supostamente haveria uma equipe da corregedoria. Os três teriam sido chamados pelo advogado de Nem pelo celular.

A delegada Tatiana Losch, diretora da Divisão de Assuntos Internos da corregedoria, disse ter recebido de seu superior, o corregedor Gilson Emiliano, a missão de ir até o local onde Nem estava sendo preso por PMs do Batalhão do Choque para efetuar a detenção do traficante. Segundo ela, ao chegar à Lagoa, Nem já havia sido levado pela PM para a Polícia Federal. Ela contou ter encontrado apenas com os policiais civis. 

- Soube que houve uma tentativa de negociação com a cúpula da polícia para que o traficante se entregasse. Ele queria negociar para não entrar no sistema carcerário em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado, que restringe visitas), o que não foi aceito - disse a delegada.

Gilson Emiliano disse que vai instaurar um procedimento para verificar a informação e para que os policiais expliquem as razões de terem sido chamados pelo advogado do traficante. 

- Nem é um arquivo vivo, tem muita informação para passar. Ele pode ter tentado se entregar a alguém de confiança. É isso que queremos apurar - disse o corregedor. Com informações do Jornal O Globo Online.

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