29/07/2022 às 09h45min - Atualizada em 29/07/2022 às 09h42min

Levantamento identifica mais de 170 animais silvestres em área de proteção da cidade de Maricá

Jade Carvalho - leisecamarica.com.br


Com uma área de proteção integral de nove mil hectares, extensão maior que a do município de Búzios, na Região dos Lagos, e duas vezes maior que o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, o Refúgio de Vida Silvestre de Maricá (Revismar) abriga hoje mais de 170 espécies de animais, entre mamíferos, aves e roedores, em uma área que corresponde a 25% do total da cidade.


Um levantamento feito pela Secretaria de Cidade Sustentável de Maricá no primeiro semestre de 2022 identificou os locais de maior aparição de animais silvestres e as espécies flagradas no programa de Monitoramento da Fauna de Maricá (Mofama). 


O programa, iniciado em 2020, utiliza armadilhas fotográficas, observação de vestígios na mata, além do sistema de posicionamento global (GPS) para fazer busca ativa. O resultado possibilita avaliar a efetividade da conservação da biodiversidade, acompanhar e analisar as tendências populacionais de diferentes espécies.


“Por meio das câmeras e do nosso trabalho em equipe, conseguimos registrar a presença de vários animais no nosso refúgio, principalmente aqueles que andam em bandos. Esse estudo só reforça a riqueza da biodiversidade que temos na nossa região”, afirmou o subsecretário de Cidade Sustentável, Guilherme Di César.


O monitoramento foi focado em quatro pontos distintos dentro do refúgio, divididos em A,B,C e D e utilizou iscas para atrair os animais. Foram registrados 122 animais no ponto definido como A, entre eles, quatis, tamanduá, sagui, cachorro-do-mato, gambás, pica-pau, jacu, sabiás e morcegos. 


No ponto B, os 13 animais mais avistados foram os gambás, roedores e lebre. Na outra extremidade da região, onde está localizado o ponto C, a equipe constatou a presença de 18 animais entre lagartos, juriti, cachorro-do-mato, morcego, tatu, quati e gambá. Por último, no ponto D, foi registrada a presença de 18 gambás.


O estudo constatou que a diversidade de espécies é maior nos locais de grande altitude e grau de preservação. Os locais que não obtiveram diversidade também foram observados, pois a localização está em menor altitude e próximo a locais cujas características originais foram alteradas. 


A diversidade de mamíferos foi predominante dentro da Unidade de Proteção Integral. As espécies exóticas, como o sagui e o cão doméstico, foram observadas dentro do Revismar, influenciando negativamente a abundância de espécies silvestres.



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