Foto: PMMO padre da Igreja Matriz de Maricá, Max Celestino Sales de Almeida, impediu a tradicional lavagem da escadaria do templo religioso que aconteceria no último sábado, 14, no Centro.
Por conta disso, os adeptos das religiões de matriz africana tiveram que realizar o ato, que é garantido por uma lei municipal há 24 anos, de forma adaptada, lavando apenas a calçada e não a escadaria.
“No sábado, 14 de janeiro, aconteceu a lavagem da calçada da Igreja Nossa Senhora do Amparo. Pasmem, mas foi isso que aconteceu. O ato da lavagem da escadaria foi negado pelo padre, que respondeu-me ofício falando sobre o descontentamento dos fies com a atividade em questão”, disse indignada a líder de um dos grupos, Dofona Simone de Iemanjá.
“Não tivemos acesso às escadarias como em todo ano, pois agora foi colocado um portão no final das escadas. Queria deixar registrado o meu descontentamento e a minha indignação com essa falta de respeito pelos nossos. Nossa religião é de acolhimento e respeita todas as outras. Eu lamento demais a postura que foi tomada de desrespeito e desagregação”, lamentou.
A Prefeitura de Maricá publicou nas suas redes sociais uma nota oficial com diversas fotos da atividade e falou sobre o acontecimento anual, mas não citou a proibição do padre.
“Aconteceu nesse sábado (14/01), a 24ª edição da lavagem das escadarias da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo. O evento, que faz parte do calendário oficial da cidade, tem como tema permanente. ‘Um pedido de paz para o mundo ao som dos atabaques das Religiões Afro’”, começou.
“Uma grande oportunidade para representar umbandistas e candomblecistas do município, evidenciando a luta pela garantia de direitos e de liberdade”, concluiu.
