14/09/2013 às 13h26min - Atualizada em 14/09/2013 às 13h26min

Funcionários dos Correios suspendem paralisação

Categoria aceita proposta que eleva o salário em 8%, garante benefícios, e vale extra de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro para o Natal, além do vale-cultura

Durou pouco mais de 24 horas a greve de funcionários dos Correios. A categoria, que se reuniu nesta sexta-feira na Candelária, reuniu cerca de 500 trabalhadores e por unanimidade, aceitou a proposta da empresa que eleva o salário em 8% e garante a manutenção de todos os benefícios com reposição da inflação integral no período (6,27%), vale extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro para o Natal, e vale-cultura, segundo as regras de adesão ao programa implementado pelo governo federal. A categoria reivindicava 12% de reajuste salarial, incluindo a mudança no plano de saúde.

Nesta sexta, as agências dos Correios de Niterói tiveram funcionamento normal. No estado do Rio a adesão à greve chegou a 40%. Já no país, o número de sindicatos que havia aderido à greve de trabalhadores dos Correios chegava a dez, com a participação dos sindicatos de Pernambuco, Paraíba e São Paulo, todos ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), entidade a qual são filiados 29 dos 35 sindicatos que representam trabalhadores da estatal. Com isso, a greve atingiu sete estados.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários dos Correios, Ronaldo Martins, a proposta aceita pela maioria presente na assembleia de ontem representa um avanço.

“A proposta feita foi dentro da realidade. Nós classificamos o acordo como favorável e decidimos retornar ao trabalho. A mobilização foi muito importante para esta conquista”, disse.

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, o único setor prejudicado com a greve foi o serviço de entrega de encomendas com hora marcada e do Disque Coleta. Já o Sedex e o Banco Postal tiveram suas atividades realizadas normalmente.

Bancários

Os bancários mantiveram a decisão de começar greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira, caso os bancos não melhorem a proposta de reajuste salarial de 6,1% apresentada por meio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Acionada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que diz representar 95% dos 490 mil bancários do país, a categoria se mobiliza para novas assembleias na próxima quarta-feira dia 18, disposta a referendar a paralisação no dia seguinte. Em especial, porque consideram a proposta da Fenaban “uma provocação”, segundo Carlos Cordeiro, que preside a entidade.

Cordeiro, que também coordena o Comando Nacional dos Bancários, disse que a oferta dos bancos apenas repõe a inflação dos últimos 12 meses, e fica longe dos 11,93% solicitados pela categoria. Segundo informações da Contraf-CUT, o indicativo de greve foi aprovado pelos bancários de mais de 60 municípios e regiões, após se reunirem em assembleia na noite de ontem e rejeitarem a proposta da Fenaban.

Em vista disso, o Comando Nacional dos Bancários convocou a categoria para a greve geral, uma vez que a proposta da Fenaban nega aumento real e “ignora” as reivindicações dos bancários sobre emprego, participação nos lucros e resultados (PLR), saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, de acordo com Carlos Cordeiro.

O dirigente lembra que os seis maiores bancos do país tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, “graças, principalmente, ao aumento da produtividade dos bancários”. Apresentar uma proposta muito aquém das reivindicações da categoria é, segundo ele, empurrar os bancários para a greve. “Se é isso que os bancos querem, é isso que terão”, acrescentou.

O FLUMINENSE


Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp