01/04/2024 às 19h54min - Atualizada em 01/04/2024 às 19h12min

Votação de projeto termina em discussão entre vereadores na Câmara Municipal de Maricá

Redação - leisecamarica.com.br

Um debate sobre um projeto de lei quase terminou em briga entre dois vereadores na manhã desta segunda-feira, 1º, na Câmara Municipal de Maricá. 


A confusão envolveu os vereadores Felipe Hadesh (PT) e Ricardinho Netuno (PL). De acordo com informações, um projeto de lei previa dar prioridade e benefícios às pessoas negras, vítimas de violência. A votação estava acontecendo e, até então, os vereadores das primeiras cadeiras estavam votando favoráveis.


Ao chegar na vez do Ricardinho, o parlamentar votou contra, e em seguida, justificou o motivo. Sendo ele, baseado nas estatísticas da Polícia Civil, a maioria das vítimas de crimes são pessoas brancas e de peles claras, portanto o benefício deveria ser para todos e não, apenas para uma cota negra.


Enquanto justificava, Hadesh ficou criticando a fala do vereador da oposição, mandando "calar a boca". Ricardinho não se conteve ao ser interrompido e foi tirar satisfações com o Hadesh.


Os dois colocaram o dedo um na cara do outro, houve um tapa na mão e um empurrão. A confusão só não terminou em agressão física, devido aos outros vereadores terem os separados com auxílio dos agentes de segurança da Câmara. 


O Presidente da Câmara, vereador Aldair de Linda, pediu desculpa ao público presente no local e à população de Maricá, em nome dos parlamentares devido a cena registrada.


Procurado pelo LSM, o vereador Felipe Hadesh disse que irá representar contra o parlamentar pelas ameaças e tentativa de agressão. 


"Eu interrompi numa discussão que estava acontecendo, ele veio pra cima de mim. Eu só reagi. Eu fiz o discurso, ele falou que ia me dar soco na cara, que ia me pegar... Nós estamos aí." Relatou Hadesh 


"Ele é um vereador que é descontrolado, que interrompe e insulta todos os vereadores. É uma falta de respeito, ele já tem duas ações na Comissão de Ética da Casa contra ele: Uma dos atos golpistas e outra por intolerância religiosa. Eu vou entrar com mais uma representação sobre essa situação e quase me dá um tapa na cara." Concluiu.


A equipe de reportagem também buscou pelo vereador Ricardinho Netuno, para obter o esclarecimento.


“Estávamos discutindo sobre a criação de mais cargos no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Essa criação privilegia o movimento LGBT e o movimento Negro, indo na contramão dos dados do IPS. Segundo o ISP, os números de violência contra mulheres brancas é muito maior que o de mulheres negras na região de Maricá. Levando os dados em consideração, me abstive do meu voto e trouxe esses dados à tona, evidenciando um esforço muito grande da Prefeitura para promover uma pauta ideológica, enquanto coloca de lado a segurança de nossas mulheres.” disse Ricardinho. 


“Ao ouvir minha fala, o vereador Hadesh começou me atrapalhar, me mandando calar a boca. Foi quando me levantei e ao me posicionar em defesa do que acredito, na tentativa de garantir a minha fala, fui agredido fisicamente pelo vereador Hadesh. Eu e minha equipe ainda estamos estudando quais serão as medidas que adotaremos. Essa agressão não pode passar impune!” frisou Netuno. 


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