A decisão de reassumir o controle de um bem público tomado por interesses privados se deu justamente após o TCE ter julgado ilegais doações de áreas dentro do completo aeroportuário a empresas, sem que houvesse qualquer processo licitatório. Assim que o prefeito Washington Quaquá assumiu em 2009, deu início ao cumprimento da determinação, criando uma comissão que levantou todas as empresas instaladas no aeródromo e abrindo um processo que culminou, há mais de um ano, com a cassação de todos os alvarás de localização e funcionamento dessas empresas. Desde então todas estão notificadas de que deveriam deixar os galpões e hangares que ocupam, mas vinham desobedecendo a decisão.
O analista verificou onde funcionavam as firmas, visitou os galpões, conheceu a estrutura física dos aeroclubes e das escolas; o espaço externo ao restaurante, bem como o posto de gasolina clandestino que abastecia as aeronaves sem qualquer licença ambiental ou controle de segurança legalizado. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Lourival Casula, explicou a importância da visita e do reordenamento de toda a área aeroportuária. “essa visita vem em um momento muito oportuno”, analisou. “É fundamental estabelecer a ordem e a segurança desse espaço que é um patrimônio público. Nosso objetivo é desenvolver um projeto que contribua efetivamente para o desenvolvimento da cidade, principalmente diante do potencial trazido com as operações offshore”, acrescentou Casula.
A prefeitura também forneceu cópias da relação das empresas sediadas ou em operação no aeródromo; do processo judicial que trata sobre as irregularidades no uso do espaço público e do decreto nº 171/2013, que regulamenta o uso do aeródromo pela prefeitura, em vigor desde o dia de sua publicação com o aval da Justiça. A administração municipal também ofereceu ao órgão todo acervo fotográfico da área em questão.