28/11/2013 às 16h29min - Atualizada em 28/11/2013 às 16h29min

Maricá: Profissionais de Educação se formam em curso gratuito de Braille

Dez docentes receberam capacitação para inclusão educacional de alunos cegos

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Profissionais de Educação se formam em curso gratuito de Braille

Profissionais de Educação se formam em curso gratuito de Braille

Profissionais de Educação se formam em curso gratuito de Braille[/caption]

A secretaria municipal de Educação de Maricá formou na noite desta quarta-feira, dia 27/11, a terceira e quarta turmas do curso gratuito de Braille (sistema de leitura por meio do tato para cegos) com objetivo de garantir assistência educacional plena a alunos portadores de necessidades especiais. Ao todo, 10 profissionais de Educação receberam os certificados de conclusão na Casa Digital.

Com duração de sete meses (80h) de duração, o curso tem o objetivo de aumentar, na rede municipal de ensino, o número de profissionais que dominem o alfabeto convencional dos cegos, inventado pelo francês Louis Braille no ano de 1827, em Paris.

Segundo a coordenadora do curso de Braille no município, Fernanda dos Santos Coutinho, durante o curso os docentes são treinados para se comunicar, por meio de caracteres em alto relevo, com os alunos portadores de necessidades visuais. “Não é apenas uma questão de inclusão escolar, é um direito do cidadão, preparar esse aluno para enfrentar o mundo em condições mais justas e igualitárias”, frisou a coordenadora. Iniciado na rede municipal de ensino em 2011, o curso já formou 32 profissionais da rede municipal de ensino.

Segundo a superintendente municipal de Inclusão Educacional, Mônica Rigó, não existem alunos cegos na rede municipal, mas 10 alunos são diagnosticados com baixa visão progressiva e sete com visão monocular. “Nos preocupamos em preparar os novos profissionais para contribuir com a melhoria da comunicação entre os estudantes com necessidades especiais e a comunidade escolar”, destacou a superintendente.

O professor do curso de Braille, Jorge Frederico dos Santos, que é cego, destacou a importância de implantação do curso no Brasil em 1854 por D. Pedro II no Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atualmente conhecido como Instituto Benjamin Constant (IBC). “Graças ao sistema Braille, hoje podemos nos expressar na escrita e na fala, temos o direito ao voto. É importante acreditarmos que a pessoa cega tem plenas condições de aprender e se comunicar, desde que haja as ferramentas necessárias”, falou o professor.

Formandos Para a professora Danielle Silva dos Santos, da Escola Municipal Reginaldo Domingues dos Santos, o curso permitiu a ela compreender a realidade de um estudante cego. “Me interessei em fazer o curso para entender a realidade do aluno portador de necessidades especiais. Acho essencial dominar os recursos disponíveis e proporcionar a inclusão educacional plena desses alunos”, declarou a professora, que pretende se inscrever na próxima turma do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais) também oferecido gratuitamente pela prefeitura aos docentes municipais.

Já para Lorena de Souza Mendonça, diretora adjunta da Escola Municipal Lúcio Thomé Guerra Feteira, a capacitação foi um grande desafio. “Em alguns momentos pensei em desistir por ter medo de encarar a dificuldade do aprendizado. Mas, acreditei e aprendi que o Braille exige treinamento e dedicação constantes”, declarou, acrescentando que o curso a tornou uma pessoa melhor.


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