27/04/2018 às 15h22min - Atualizada em 28/04/2018 às 22h30min

Capitão Barreto deflagra operações de combate a milícia em Itaipuaçu - VÍDEO

O comandante da 6ª Companhia de Maricá, Capitão Marcelo Barreto, iniciou nesta sexta-feira, 27, em Itaipuaçu, a operação de combate a milicianos. Operações seguem por tempo indeterminado e contam com o apoio do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS) da Prefeitura de Maricá. "- Em primeiro lugar, quero agradecer aos meus policiais militares que dobraram quase que o serviço. Policiais que sairiam às 6 horas, 7 horas, 8 horas, e estão comigo até agora para que nós pudéssemos juntar forças e dar uma resposta a diversas denúncias que temos recebido. E que principalmente a um comentário. E o que mais me deixa surpreso é que este vem ali da população. Pessoas que tinham que estar aqui ao meu lado, assim como o secretário, o prefeito, os secretários, os vereadores, estão. Pessoas que estão brigando e lutando pelo povo, pela população de Maricá. Há pessoas jogando algumas coisas no ar, jogando algumas coisas que não tem nada a ver, que não são verdades. Tem que falar a verdade. Por isso que eu olho para a câmera do Lei Seca Maricá e qualquer veículo de comunicação e falo a verdade. Meus policiais estão aqui para intensificar o patrulhamento e coibir qualquer tipo de ilícito dentro dessa Cidade. Então nós juntamos força para vir atrás dessas denúncias que chegaram a mim da chegada dos milicianos. Eles podem ter certeza que nós vamos pegá-los. Se nós não pegarmos a DH pega, a 82ª pega, mas vocês vão ser pegos! Ou então vocês saem daqui. Hoje vimos que nós fomos atrás e não conseguimos ter êxito em prender, mas faz parte. Pode até não ser aqui, uma coincidência muito grande. Faz parte dessa sacanagem que está havendo aqui em Maricá. Os policiais da 6ª Cia com a ordem do Comandante do Batalhão e repassada a mim, e eu repassei a eles que é para coibir esse tipo de ilícito. E nós vamos coibir esse ilícito", disse Barreto. De acordo com o Capitão, o combate às milicias vão continuar por tempo indeterminado. "- A partir de hoje vão ser todos dos dias de saídas de serviço. Todos os policiais estão incluídos nessa missão. E eles falam para mim "- Chefe, nós só vamos parar, só vamos deixar para ir embora para casa quando "espulgamos" esses elementos daqui". Então vai ser feito essa operação todos os dias, a fim de coibir esse tipo de prática de crime e peço ajuda para vocês: aos populares, comerciantes da cidade. Liguem para o 2637-1285. Denuncie! Não tem bina, não tem nada disso. Precisamos de vocês. O artº 144 da constituição diz que é responsabilidade do Estado, mas é dever de todos, dever de todos estarmos prontos e de mão dadas à Polícia Militar, à Secretaria de Segurança Pública. É dever de todos combater a criminalidade. Lógico, cada um dentro de sua esfera. O que a população pode nos oferecer? O que você comerciante pode nos oferecer? Denuncie, Denuncie! 2637-1285", enfatizou Barreto.

Área disputada

Atualmente, a região é Maricá é dominada por, pelo menos, três grupos de milicianos que se dividem por territórios. De acordo com apuração do G1, alguns dos fatores que favorecem a expansão das milícias no local são: grande território, efetivo de policiais reduzido com distanciamento do comando, pobreza e falta de estrutura para investigar homicídios.

A região de Maricá é conhecida como “acelerada”, em relação a ação dos milicianos, já que o local não tem fiscalização.

Por meio da série 'Franquia do crime', o G1 mostrou que as milícias estão, atualmente, em 11 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As áreas de influência desses grupos criminosos somam 348 quilômetros quadrados, o equivalente a um quarto do tamanho da capital. É um conjunto de territórios em que vivem dois milhões de pessoas que, no dia a dia, são coagidas a usar o transporte, o botijão de gás; a pagar por segurança e pelo sinal de TV; além de consumir água e os alimentos da cesta básica dessas quadrilhas.