Por Romário Barros- Nesta semana o LSM vai divulgar uma série de reportagens sobre a segurança pública no município de Maricá. Sem a colaboração do poder público fica difícil combater a onda de criminalidade que assusta os maricaenses.
Na Delegacia de Maricá, por exemplo, não há delegado plantonista. Seja a hora que for, se a Polícia Militar chegar com um preso em flagrante delito, o mesmo tem que ser levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, na 76ª DP, no Centro de Niterói, uma viagem de ida de mais de uma hora de duração com 50 quilômetros de distância.
A atual delegada titular da 82ª DP, Drª Carla Tavares assumiu a Unidade Policial em 21 de março de 2018 juntamente com o Delegado Drº Robson Rodrigues, chamado de delegado substituto. Com os dois delegados na 82ª DP, de 8h às 18 horas, os flagrantes eram feitos em Maricá. De 18h às 8 horas, o flagrante, chamado de noturno, era enviado para a 76ª DP.
Só que o problema é muito mais grave que isso em 2019. Dr. Robson Rodrigues se aposentou e agora a Delegacia só conta com a Drª Carla Tavares. Todos os flagrantes agora só são feitos na 76ª Delegacia Policial, em Niterói, seja a hora que for, 24 horas por dia.
Policiais Militares da 6ª Companhia, que preferiram não se identificar, falam que a falta de flagrantes na Delegacia de Maricá desestimula o serviço policial.
"- Chegamos na Delegacia de Maricá com um preso e tomamos um bico lá para o Centro de Niterói. Isso significa quase quatro horas sem uma viatura com a sua guarnição em Maricá. Se a ocorrência fosse feita aqui, em menos de uma hora estaríamos de volta para as ruas", falou um Militar.
Atualmente na Delegacia de Maricá, só são investigados inquéritos, onde os mesmos são encaminhados para a justiça, como casos enquadrados na Lei Maria da Penha.
CONTRAPONTO
O LSM solicitou uma nota para a comunicação da Polícia Civil, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos respostas.
