25/03/2018 às 19h28min - Atualizada em 26/03/2018 às 22h22min

Vítimas de chacina no 'Minha Casa, Minha Vida' de Itaipuaçu não tinham passagens pela Polícia


[gallery columns="1" size="full" link="none" ids="151012"] Por Romário Barros- O LSM apurou ao longo dia que o quinteto assassinado no final da madrugada deste domingo, 25, não tinha passagens pela Polícia. Chacina aconteceu no condomínio ‘Minha Casa, Minha Vida’ de Itaipuaçu. O LSM também apurou que quatro dos homens moravam no condomínio, são eles: Sávio de Oliveira Vitipó, de 20 anos, Matheus Bittencourt da Silva, de 18 anos, Marco Jonathan Silva de Oliveira, de 17 anos e Matheus Barauna dos Santos, de 16 anos. Patrick da Silva Diniz, de 18 anos não era morador do conjunto habitacional. Segundo apuração do LSM, os cinco amigos voltavam do show do rapper Projota, que aconteceu na noite deste sábado, 24, na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro de Maricá e ao chegar no conjunto habitacional, foram para a área de convivência. Logo depois, foram abordados pelo executor que saiu de um carro, de cor escura. O executor perguntou se os cinco amigos estavam com drogas ou armas. Eles responderam que não e logo depois, o executor ordenou que os amigos deitassem no chão. Em seguida, o executor disparou tiros contra a cabeça dos homens, matando os cinco, e fugiu. A Divisão de Homicídios está investigando o caso. 'Gostaria de desmentir que meu filho é bandido', diz mãe de adolescente morto "Eu gostaria de desmentir que meu filho é bandido. Não era", diz July Mary Silva, mãe de Marco Jonathan da Silva Oliveira, de 17 anos, um dos cinco mortos em um condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, em Itaipuaçu, Maricá, na madrugada deste domingo. As informações são do Jornal O Globo - Ele era usuário, mas é estudante, nunca fez mal pra ninguém, nunca roubou. Ele estava voltando de um show, deixou amigas em casa e veio aqui (na área de convivência onde o crime aconteceu) cumprimentar alguém. Ele tinha 17 anos, era estudante. Há três anos, quando o condomínio foi inaugurado, ele ganhou o concurso do passinho. Era conhecido como "Do quadrado" e o sonho dele era ser cantor de rap. Todos eles gostavam disso - conta July Mary Silva, de 34 anos. Marco Jonathan deixou um filho, Marco Lucas, de 1 ano e 4 meses. - O meu filho deixou amigos em casa e veio cumprimentar alguém. Chegaram dois homens, mandaram eles deitarem no chão, deram um tiro na cabeça de cada um e saíram gritando "Aqui é milícia e vamos voltar". Uma testemunha viu tudo - contou July Mary Silva, de 34 anos, mãe de uma das vítimas, Marco Jonathan da Silva Oliveira, de 17 anos. A secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular está no local esteve no local - Um morador daqui trabalha na secretaria e nos acionou às 6h. Desde o primeiro momento, o prefeito designou atenção total ao caso e acompanhamento às famílias. Vamos custear todas as despesas de sepultamento e enterro das vítimas, e posteriormente prestar apoio psicológico - afirmou o secretário João Carlos Birigu. Os moradores reclamam, no entanto, da falta de atenção do poder público. - O condomínio está abandonado. Quando a gente veio pra cá, a Prefeitura falou que não ia abandonar a gente. Mas ninguém gosta da gente aqui, falam que colocaram uma favela aqui em Itaipuaçu. E aí falta segurança. Não tem polícia, mas a gente também não quer polícia que dá tapa na cara e assusta nossas crianças - afirmou um morador, que não quis se identificar, mas disse que ainda assim, na maior parte do tempo, o clima é pacato na região: - Falam que tem tráfico de drogas aqui, mas pode perguntar aos trabalhadores da Prefeitura: não tem. Mas daqui a dois anos, o condomínio vai estar na mão da milícia, a gente tendo que pagar pra eles, ou na mão do tráfico. Já vieram, há uns três meses, dar tiro pro alto aqui. Os moradores estavam na rua e fizeram isso. Vítimas organizavam projeto social para crianças no condomínio Segundo o secretário de Direitos Humanos e Participação Popular de Maricá, alguns dos jovens articulavam um projeto social no condomínio, apoiados pelo órgão. O Sávio trabalhava em rodas de hiphop com a gente aqui. Era uma atividade de lazer e conscientização, uma forma de trazer a juventude para a cultura. Eles mesmo articulavam e o objetivo da secretaria era dar suporte - disse. A mãe de Marco Jonathan, July Mary Silva, de 34 anos, afirmou que o filho também participava das atividades e o plano deles era crescer o projeto. - Tinham feito uma página no Facebook. Ele ia ser o professor de passinho e o Sávio, o DJ. Íamos exigir que as crianças tirassem notas boas na escola. O Matheus (outra vítima) também estava nesse projeto. Já tínhamos logomarca, íamos fazer uniforme... estava muito no início - contou a mãe de Marco Jonathan, July Mary Silva, de 34 anos. 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